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As Forças Impuras São Auxiliares Do Criador

Dr. Michael LaitmanAs Klipot (forças impuras, as “cascas”) são um sistema especial que não nos permite tocar os desejos se não tivermos a força para superá-los. As Klipot são como guardas, como está escrito: “A Klipa (casca), protege a fruta”.

Nós odiamos as Klipot, pensando que elas são as forças do mal, quando, na realidade, elas são muito úteis. Elas nos salvam, limitando-nos, afastando-nos e afugentando-nos! Elas constroem todos os tipos de obstáculos diante de nós, os quais só conseguimos vencer quando nos tornamos dignos do que está por trás do obstáculo.

Imagine o que aconteceria se uma criança pudesse fazer qualquer coisa que quisesse. Quantas coisas ruins ela causaria a si e aos outros? Mas a natureza não lhe dá a capacidade para isso.

É por isso que existem três Klipot impuras nos Mundos de BYA , que estão diante de ZAT de Bina, Zeir Anpin e Malchut . Elas são chamadas de “vento tempestuoso” (Ruach Seara), “a grande nuvem” (Anan Gadol), e “o fogo que consome tudo” (Esh Mitlakahat). Somente atravessando-as você chegará ao Mundial de Atzilut!

Essas Klipot impuras protegem a santidade. Nós temos que superar a Klipa e nos tornar mais fortes que ela. Então, podemos tocar a santidade. Até lá, nós teremos que lidar com as forças impuras se não estivermos prontos para mais.

Portanto, o sistema das forças impuras (Klipot) desempenha um papel importante e excepcional: ele é o sistema de proteção. Nós temos que aprender a olhar para tudo a partir da perspectiva do Criador, e Ele não fez nada em vão.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 06/12/10 , Beit Shaar haKavanot

Não Existe Tal Coisa De Fadiga Física

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como eu posso fortalecer-me durante o estudo, se não sinto o Criador e “a Shechiná está no pó”?

Resposta: Você tem que elevar a Shechiná do pó. É exatamente isso que os Cabalistas escrevem.

Digamos que você sente um enorme cansaço físico. Você sente como se não tivesse energia e não pudesse concentrar-se na lição. Mas isso é realmente uma fadiga física ou espiritual?

É muito fácil descobrir isso. Vá a um grupo que arda em inspiração e passe algum tempo entre os amigos. Sente, cante e coma uma refeição em conjunto. Então, dê uma olhada em você: Você adormeceu lá ou não?

Se você não dormiu lá, isso significa que o motivo não é a fadiga física, mas apenas a influência externa.

Não existe tal coisa de fadiga física. Tudo isso são forças espirituais! O Rabash deu o seguinte exemplo: uma pessoa não pode levantar-se para a aula, porque está muito cansada; mas se você acordá-la no meio da noite e dizer-lhe que há um incêndio em sua casa, ela saltará imediatamente. Ela não responderá: “Espere, eu estou dormindo agora, volte pela manhã”.

Em outras palavras, tudo é determinado pela importância que damos a isso.

Da 3ª parte da Lição Diária da Cabala 06/12/10 , Beit Shaar haKavanot

Você Verá Isso E Nenhum Outro

Dr. Michael LaitmanPergunta: Você explicou que o texto que lemos no Talmud Eser Sefirot e no Livro do Zohar descreve as forças de conexão entre nós. Você pode me dar um exemplo desta conexão?

Resposta: Se você estivesse na espiritualidade, você realmente revelaria tudo o que lemos nos livros. Você revelaria as forças de conexão entre nós, incluindo o seu poder, caráter, como elas funcionam e como elas se unem em rede, conectando-nos.

Você participaria dessa rede de forças e do seu trabalho: a iluminação da Shechiná. Você veria o quanto é capaz de tomar parte ativa na mesma, o quanto você pode adicionar-se a ela. Ao ler o texto, você perceberia como se comporta toda esta rede.

No entanto, se você não vive dentro da realização espiritual, é impossível transmitir isso a você. O Baal HaSulam escreve em seu poema, “O que quer que seus olhos vejam, você verá e nenhum outro”.

Enquanto você não sentir a espiritualidade, você deve ler os textos na esperança de que ela seja revelada a você. Nós lemos os textos Cabalísticos na qualidade de Segula (uma qualidade milagrosa), e não sob a forma de fatos.

Por exemplo, suponha que eu sou cego e estou ouvindo um professor de física falar sobre as leis da óptica. Ele me diz como um raio de luz se divide em várias cores. No entanto, eu só estou ouvindo isso. Eu não entendo o que ele está falando, mas apenas ouço que esses fenômenos existem.

Eu posso continuar estudando dessa forma toda a minha vida, sem entender o que ele está falando. No entanto, se eu fizer esforços especiais e começar a sentir os fenômenos que eu ouvi falar, então eles se tornarão a minha vida. Isso é chamado de “Prove e veja o quão bom é o Criador”. Você tem que prová-lo – para receber essas Luzes e sentir seu gosto.

A verdadeira ciência Cabalística só começa depois que você tem essa sensação.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 06/12/10, Talmud Eser Sefirot

Em Prol De Quem Devemos Exigir A União?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Em prol de quem eu deveria exigir a união agora? Em prol do grupo ou em prol do mundo inteiro?

Resposta: A alma comum se divide em muitas partes, e a ordem do seu despertar se divide em várias fases. Enquanto isso, nós estamos passando por dois processos:

1. Sendo uma parte que recebeu um despertar do Alto, nós somos obrigados a realizá-la e nos corrigirmos. Somente depois de ser despertada desta forma é que a pessoa se questiona sobre o sentido da vida e encontra a resposta ao revelar o Criador. Esta tarefa cabe a nos, em primeiro lugar.

Essa pode parecer uma tarefa muito egoísta. No entanto, revelar o Criador significa revelar a qualidade de doação, o amor ao próximo, e fazer isso por meio da união com os outros. Doação significa auto-rejeição, auto-anulação. Você sai de si mesmo em relação aos outros e encontra aí a sua alma.

Portanto, a primeira impressão é enganosa. Você está se esforçando para encontrar sua alma e preenchê-la com o prazer eterno. O próprio Criador lhe deu esta oportunidade e dotou-o com um impulso para alcançar este objetivo. De qualquer forma, isso soa extremamente egocêntrico, mas o conteúdo real, a essência interior, está acima do egoísmo.

Porque nós realizamos tudo isso em conjunto, por meio da doação, do amor, da união e da ajuda mútua. Nós fazemos isso aspirando a sair de nós mesmos, em vez de absorver tudo dentro.

No passado, os Cabalistas não tiveram a oportunidade de disseminar a ciência Cabalística em todo o mundo, estudá-la publicamente, e ensinar aos outros. No entanto, naquela época a correção particular de suas almas em pequenos grupos também visava o benefício de todo o mundo. Isso porque eles adquiriram uma grande força de doação que operou entre todas as almas no mundo, mesmo que o mundo não o sentisse.

2. Hoje, nós devemos atuar em mais uma direção. Nós não só nos corrigimos e adquirimos uma maior força interna de doação nos nossos grupos, mas também disseminamos o conhecimento Cabalístico em todo o mundo.

Estes são os dois vetores paralelos dos nossos esforços, e ambos são necessários.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 06/12/10, O Zohar

Nós Precisamos De Uma Vitória

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que devemos fazer em Chanucá para que o mundo espiritual se torne realidade?

Resposta: Todos nós ao redor do mundo alcançamos o ponto de avanço. Nós estamos nos aproximando do êxodo do Egito, da sensação do nosso mundo existir apenas dentro do nosso ego.

Por um lado, sentimos que o Faraó (o egoísmo) nos agarra pelos pés e teima em não nos deixar partir. Por outro lado, entendemos que devemos sair de nosso ego. Estas forças estão lutando entre si.

Cada novo dia nos dá uma compreensão maior de que o mundo espiritual e sua percepção estão acima do ego, e isso se chama fé acima da razão. No entanto, quando tentamos alcançar o mundo espiritual, sentimos que ainda não temos forças para avançar e fugir do Egito.

Portanto, nós precisamos de mais eventos como o recente Dia da União, que foi realizado com grande sucesso por todos os grupos do mundo. Nosso grupo mundial já está suficientemente grande e diversificado, dando grande poder de união ao nosso Kli. Portanto, chegamos a um estado em que estamos lutando contra os “gregos” dentro de nós, desejando nos livrarmos deles.

A diferença entre o Faraó e os “Gregos” é o nível da luta: O Faraó representa as paixões do mundo material, como os desejos por comida, sexo, família, riqueza, fama, e assim por diante, enquanto que os Gregos representam a luta entre o materialismo e a Cabala. A pessoa que deixa de ser tentada por essas coisas, apesar de ter todas elas, e que percebe que outras coisas são mais importantes na vida, trava uma guerra pela ascensão acima deste mundo, já que sua vida carece de sentido. Ela não sabe para que viver.

Assim, a Guerra dos Macabeus é uma guerra espiritual. Os antigos filósofos Gregos argumentavam que o nosso mundo é real e que devemos viver nele e desenvolvê-lo. Esta abordagem é oposta à sabedoria da Cabala, que diz que devemos nos elevar acima deste mundo, porque ele já não consegue nos satisfazer; nós devemos compreender o pensamento da criação.

Nós atingimos um nível muito avançado, apesar de querermos sempre mais. Eu acho que todos nós, incluindo aqueles que estão avançando junto conosco em grupos, bem como os alunos individualmente em todo o mundo, vencerão rapidamente esta guerra.

Da palestra em 30/11/2010

Porque Nós Gostamos De Acender Velas?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que nós nos sentimos confortáveis quando há velas acesas em uma sala?

Resposta: Nós relacionamos a vela ao calor, à luz e esperança. É assim que nós a percebemos de acordo com nossas raízes espirituais.

As velas de Chanucá simbolizam o resultado da guerra do homem com o seu ego. O que é uma vela, realmente? É um corpo que contém óleo, um pavio dentro do óleo, e um fogo queimando o pavio. Cada componente tem um significado: o corpo é o vaso espiritual ou Kli, o óleo simboliza a Luz de Hochma que nos é revelada, e o pavio significa os discernimentos que fazemos. Tudo isso junto nos dá o fogo, a Luz.

Quando a pessoa faz suficientes discernimentos interiores, travando uma guerra com o seu ego, desejando subir acima dele, independente da abordagem egoísta, onde todas as suas ações visam apenas realizar-se, quando ela deseja se livrar de sua natureza egoísta, isso se chama “guerra dos Macabeus contra os gregos”.

Em hebraico, os Macabeus são chamados de Makabim, que é uma abreviação da frase: “Aqueles que estão indo em direção ao Criador, sigam-me”. Em essência, nós nos separamos dos “Gregos” dentro de nós (o pensamento racional, o desejo egoísta de desfrutar), e nos elevamos um pouco acima de tudo que é material, em direção à doação e o amor ao próximo. O nível de Bina significa: “Não faça aos outros aquilo que você odeia”.

Em outras palavras, a vela é um símbolo bom e belo da natureza espiritual. É por isso que nós nos sentimos tão bem e confortável quando ela brilha.

Do programa “Cabala para Principiantes” em 01/12/10