A Recompensa Da Verdade

Dr. Michael LaitmanA humanidade como um todo, e cada pessoa individualmente, pode ser dividida em três tipos de desejos:

1. Aqueles que são indiferentes à espiritualidade e permanecem no nível animal de existência. Eles se relacionam com os outros apenas para  encontrar a forma mais confortável e agradável de interação. Essas pessoas não vão além do cálculo “Eu versus o ambiente”.

2. O segundo tipo são os religiosos e aqueles que acreditam ser recompensados por “boas” obras, de acordo com seus padrões. A fé e a filosofia não importam a eles: alguns temem a polícia e outros temem o Criador. Ambos buscam recompensa de seu ambiente, mas os religiosos esperam ser recompensados no mundo futuro. Eles recebem o pagamento de uma forma ou de outra, e cada um, em um dado momento, define para si a recompensa ideal esperada.

Essas pessoas não têm a menor intenção de corrigir-se e, portanto, não têm nenhuma relação com o Criador. Eles simplesmente praticam auto-ajuda psicológica, esperando receber em troca, no mundo futuro, por certas ações que realizam neste mundo.

Eles estão dispostos a pagar e sofrer muitas dificuldades neste mundo, a fim de reunir uma bela recompensa que, foi-lhes dito, aguarda os justos quando eles morrerem. Eles acreditam que pelo júbilo e o paraíso que sentirão no futuro vale a pena até morrer.

3. Os Cabalistas são aqueles que entendem que tudo que foi mencionado acima é uma mentira e não funciona; que o princípio de “fazer alguma coisa e ser recompensado” não funciona no relacionamento com o Criador. Isso não resiste quando é testado na realidade da vida ou na história humana.

Nesta fase, a pessoa chega a um objetivo mais elevado: conhecer o propósito da vida. Ela não se preocupa muito com a recompensa ou a punição (“doce” ou “amargo”); ela deseja se aprofundar e chegar à verdade (“verdadeiro” ou “falso”). Ela pode sofrer e não receber nada por isso, mas a verdade é a recompensa que ela procura. Então, a pessoa não se mede de acordo com o grau de satisfação que sente ou quão amargo ou doce parece, mas por aquilo que é verdadeiro ou falso.

Da 1ª parte da Lição Diáris de Cabala 03/1110, “O Criador e Israel foram ao Exílio”