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A Convenção Reviverá Nossa Alma Coletiva

Dr. Michael LaitmanPergunta: De que consiste o trabalho das pessoas que estarão reunidos na próxima Convenção? Qual é o nosso papel na unificação do mundo global, de modo que possamos nos tornar o povo através do qual a sabedoria será derramada sobre as nações do mundo?

Resposta:  Este trabalho é exemplificado pela lei que rege a existência de qualquer organismo vivo. Digamos que os receptores do sistema nervoso são colocados ao longo do corpo. Da mesma forma, os sistemas linfático, vascular, e outros se disseminam por todo o organismo. Do mesmo modo, pessoas de todo o mundo estão chegando à Convenção. Por um lado, todas elas pertencem a um sistema, o sistema de Israel. Por outro lado, todas vivem em países diferentes, localizados em vários cantos do globo e que parecem pertencer a nações diversas e estrangeiras.

Cada lugar onde elas residem é afetado por forças espirituais diversas. O mundo inteiro e cada uma de suas partes são afetados por certa Força Superior “responsável” pelo continente, país ou nação. Portanto, uma pessoa que pertença ao sistema de Israel e está chegando de algum outro país ou lugar do mundo é, de certa forma, nosso representante no sistema coletivo.

Por exemplo, tomemos o sistema nervoso, cujos receptores existem nas áreas da perna, peito, braço, e barriga. Agora, essas partes do nosso sistema (por assim dizer) que estão localizadas em diferentes países estão chegando, e nós vamos nos unir. Acontece que, juntos, nós despertamos o nosso sistema coletivo, por exemplo, o sistema nervoso da alma coletiva chamada de Adão. Então, através dos nossos amigos que vivem em vários lugares do mundo, nós, juntos, despertamos o mundo todo.

Nós percebemos que depois de nossas convenções, ocorrem despertamentos em lugares nunca vistos, e pessoas que nunca ouviram falar começam a se juntar a nós. Cada uma delas é uma força capaz de despertar bilhões de pessoas. Afinal, na espiritualidade, se o contato for feito, a Luz atinge imediatamente o órgão em que esta alma pertence.

Assim, nós observamos que a nossa alma coletiva se expande por todo o mundo e existe em toda a humanidade. E a resposta dessa alma coletiva revestida de toda a humanidade é surpreendente. Nós começamos a sentir que esta é, de fato, a humanidade global e integral, começando a compreender pela primeira vez que todos nós dependemos uns dos outros.

Assim, por meio desses encontros, quando nos unimos com nossos amigos (o sistema integrado de Israel em todo o mundo), revivemos assim todo o sistema de almas individuais que estão mutuamente conectadas não pelo princípio egoísta, mas pelo princípio de Isra-El (aspirar diretamente ao Criador).

Isto é o que se chama de disseminação interna e correta da sabedoria da Cabala em todo o mundo. Unindo-nos, nós cumprimos nosso papel de Israel em relação a todas as nações do mundo. Graças a isso, nós seremos finalmente agraciados com a união e o Criador residirá na união das nossas almas.

De Cabala para a Nação – Série de Palestras Introdutórias – “Israel e as Nações do Mundo” 26/10/10

Cabalistas Sobre O Estudo Da Cabala, Parte 5

Dr. Michael LaitmanQueridos amigos, por favor, façam perguntas sobre essas passagens dos grandes Cabalistas. Os comentários entre parênteses são meus.

Sobre a Obrigação de Todos Estudarem a Sabedoria da Cabala

Agora depende de nós, remanescentes, corrigir esse terrível erro (a separação das massas da Cabalá). Cada um de nós deve tomar para si, de coração e alma, de modo a intensificar a internalidade da Torá (Cabalá), e dar a ela seu lugar de direito (nos seus corações), conforme seus méritos (em nos trazer à eternidade e perfeição), em relação à externalidade da Torá (que fala somente sobre a observações externas de rituais).

– Baal HaSulam, “Introdução ao Livro do Zohar”, Item 71

Não apenas esses segredos (da Cabalá) não são proibidos de serem revelados (a todos), como, pelo contrário, é uma grande Mitzva (ação muito boa) revelá-los (porque o Criador Se revela através deles). E aquele que sabe como revelá-los, sua recompensa é plena. Isso porque da revelação dessas Luzes a muitos, particularmente à multidão, depende a vinda do Messias em breve em nossos dias (eliminação da aflição).

– Baal HaSulam, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot”, Item 30

A Porta Está Sempre Aberta

Dr. Michael LaitmanPergunta: Com o que nós devemos nos cuidar nestes últimos dias que antecedem a Convenção?

Resposta: Nós devemos tomar cuidado com pensamentos estranhos e pensar apenas sobre o sistema de conexões que queremos revelar entre nós, de modo que cada um se sentirá conectado com os outros no fundo do seu coração.

Aqueles que revelarem esta conexão íntima sentirão imediatamente a verdadeira Luz, o Criador! A Luz e o desejo se tornarão imediatamente iguais. No momento em que você sente até mesmo o menor desejo espiritual, ele adquire imediatamente uma forma, pois um vaso não pode existir sem forma.

Na espiritualidade, é impossível descobrir um mecanismo sem função que precise ser dissolvido e obrigado a trabalhar. O Baal HaSulam escreve que no mundo espiritual “a entrada e a porta” são sempre reveladas juntas. A porta só pode ser vista uma vez que esteja aberta, isto é, que nós sempre revelamos o vaso (desejo) e a Luz (Criador) dentro dele, no mesmo instante.

Um Aviso Muito Importante!

Dr. Michael LaitmanEu gostaria de avisar-lhes que todos os textos Cabalísticos devem ser percebidos apenas em seu sentido interior. Eles não discutem o mundo corpóreo, mas a correção do desejo do homem.

O desejo de receber é dividido em “Isra-El” (direto ao Criador) e “as nações do mundo” (desejos que não visam o Criador). Tais desejos existem em cada um de nós: alguns (por enquanto, apenas o “ponto no coração”) visam ao propósito da criação, enquanto outros (chamados de “as nações do mundo”) não visam alcançar este objetivo.

O “exílio” é o exílio da Luz, do mundo espiritual, ou seja, da qualidade de doação. A “redenção” é o surgimento da força de doação, de união com os outros, de amor, dentro de mim. “O Criador” ou “a Luz” é a qualidade de amor e doação.

Esta é a única maneira de ver todos os textos Cabalísticos: apenas dentro de si mesmo e somente para a autocorreção. Caso contrário, você se afogará em imagens corpóreas (idolatria) e começará a desenvolver novas religiões baseadas na Cabala.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabala 02/11/10, “Exílio e Redenção”

O Criador e Israel No Exílio

Dr. Michael LaitmanO Zohar, Capítulo “Behukotai (Nos Meus Estatutos)”, item 50: “E eu o castigarei, para ir ao exílio. E se você disser que eu o abandonarei, eu, também, estou com você”.

Mesmo que estejamos falando sobre ações que não foram feitas visando à recompensa, na verdade, tal ação não pode existir na natureza. Nós sempre exigimos uma recompensa como combustível para nossa ação. Afinal, somente pessoas doidas e criancinhas agem sem propósito.

Porém, nossa meta é alcançar a revelação, ver o verdadeiro estado, entender suas razões, e compreender qual é o nosso lugar. Nós precisamos de toda a extensão da verdade, aqui e em todos os mundos.

A revelação dessa verdade é a revelação do Criador. Essa é a nossa recompensa. Assim é que a ciência da Cabalá é definida: ela é a revelação do Criador às criaturas nesse mundo.

Nós aspiramos à mais alta recompensa, embora não a adquiramos na forma de satisfação egoísta, mas na nossa aspiração da falsidade à verdade. Toda a minha vida pode parecer luxuosa que de tão doce parece nauseante. Porém, ao mesmo tempo, eu me sinto vazio, porque não há verdade nela. Então, eu mudo minha meta: ao invés de receber prazer direto com doçuras, eu quero adquirir a totalidade da verdade.

Não é fácil alcançar isso. Em hebraico a palavra verdade consiste de três letras – אמת. Alef é a primeira letra do alfabeto, Mem significa Bina, a qualidade da doação, e Tav é a última letra do alfabeto. Em outras palavras, todas as minhas qualidades precisam se reunir em volta de Bina, a intenção pela doação, e depois, eu entenderei o que é isso e revelarei o Criador.

A verdade é o padrão do meu exílio. Se eu vejo que estou em exílio em relação à verdade, isso significa que estou em exílio em relação ao Criador. No estado final desejável nós estamos unidos, misturados e fundidos em um Zivug perfeito e incessanteE isso significa que agora mesmo nós estamos ambos em um estado indesejável. Em outras palavras, ambos, eu e Ele, estamos em exílio.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabala 03/11/10, “O Criador e Israel Foram Para o Exílio”

A Luz Dos Seus Desejos

Dr. Michael LaitmanPergunta: A satisfação, que eu experimento de tempos em tempos, é recepção com a intenção de me agradar? Afinal, eu não sinto a tela.

Resposta: Por enquanto, sim, uma vez que as satisfações atuais são impressões das Luzes Circundantes nos desejos (Kelim ou vasos) ainda não preparados, os quais são incapazes de perceber essas Luzes e traduzí-las do exterior para o interior.

A Luz Interna só pode ser recebida com a ajuda da tela, de acordo com a minha capacidade de perceber os desejos dos outros como meus. O valor do desejo aderido (Aviut ou espessura) é usado para medir o valor (densidade) da tela.

Suponha que eu posso absorver 100 gramas dos seus desejos e aceitá-los como meus, para que assim eles possam existir em mim como um embrião (Ibur) e eu possa tomar conta deles. Em outras palavras, a medida da conexão “meu-seus” é 100 gramas dos seus desejos que eu posso satisfazer. O que eu sinto no seu desejo satisfeito por mim é estimado como Luz Interna, Ohr Pnimi.

Depois, eu repentinamente sinto rejeição: uma nova revelação do egoísmo aflorou. Sobre ele, eu me conecto com os 100 gramas anteriores e cuido deles a despeito do meu egoísmo, isto é, com uma tela aumentada que é considerada como “nutrição ou alimentação” (Katnut, Yenika) quando nós estamos separados por uma grande distância, mas eu ainda a supero. Então, eu sinto uma rejeição ainda maior. Eu subo sobre ela outra vez, mas esse estágio é chamado de “maioridade” (Gadlut, Mochin).

Em relação a quem é chamado “embrião”, “alimentação”, e “maioridade”? É em relação a mim uma vez que eu executo esse trabalho, e você provavelmente não tem ciência dele.

Assim é como avaliamos a magnitude da tela e nos impressionamos com a Luz Circundante, Ohr Makif, ou Luz Interna, Ohr Pnimi.

Da 2a parte da Lição Diária de Cabala 31/10/10, The Zohar

“Animais” Não Fazem Parte Da Casa

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que nós devemos fazer com nossos desejos “animais”? Nós devemos desfrutá-los ou limitá-los?

Resposta: Não faça nada com eles. Só os deixe em paz. Deixe o animal pastar na grama como lhe aprouver. Se ele deixar o humano em mim agir de acordo com minha missão, então a pessoa irá usar a parte inanimada dela corretamente sempre que necessário, e deixá-la com seus próprios mecanismos o resto do tempo.

Eu me separei do “burro” e, enquanto isso, eu cuido dos meus assuntos. O ser humano em mim precisa estabelecer uma conexão com outras pessoas. Eu estou trabalhando para elevá-lo e fazê-lo ascender. Virá o tempo quando eu irei dirigir minha atenção ao animal em mim, mas agora eu simplesmente dou a ele o que é necessário.

Afinal, eu não trato uma vaca com bifes e saladas. Ela tem sua pastagem e lá ela come feliz. Se nós tratamos nosso corpo animal corretamente, ele não irá precisar de nenhum excesso. Pelo contrário, qualquer excesso irá prejudicá-lo. Um animal precisa somente de coisas que sustentem seu equilíbrio com a natureza.

Assim, abasteça-o com as necessidades vitais e “deixe-o no pasto”. Se sua cabeça deseja os “céus”, a conquista espiritual, então seu animal não exigirá nada extra de você e não arrebentará a cerca. Afinal, agora para você todos os excessos pertencem ao grau humano.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabala 03/11/10, Escritos do Rabash

Passe De Observador A Participante

Dr. Michael LaitmanEu constantemente imagino a rede de nossa interconexão. Ela desaparece, mas eu continuo a tecê-la em minha consciência repetidamente, até que ela se assente na minha cabeça e se torna parte de minha vida.

Então, eu vivo nessa persistente sensação, constantemente iluminado por nossa união. Depois disso eu desejo não só observá-la de fora, mas entrar nela, de modo que o meu mundo se tornará o sistema global de interconexão entre todas as pessoas. Assim, a observação é substituída pela participação; eu me aprofundo mais e começo a me experimentar dentro dos amigos.

Então, começa a oposição dos pensamentos estranhos, desejos, e ações. Eu os classifico e os uso para ver onde eu ainda estou sem correção, sem conexão. Eles me mostram as qualidades que carecem de conexão, impossibilitando-me de corrigir minhas falhas.

Isso me dá mais força, mais sentimento e razão, mais detalhes do quadro do mundo, e, assim, eu avanço. A coisa mais importante é descrever uma única rede na sua visão mental. Isso é suficiente. O resto vem por si mesmo.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabala 02/11/10, Escritos do Rabash