Pergunta: Se só existe uma alma, então porque são necessárias 600.000 almas para se alcançar a garantia mútua entre elas?

Resposta: Nós alcançamos a alma comum exatamente a partir desta divisão. É impossível alcançar aquilo que alma comum significa sem atravessar a quebra.

Para compreender esse quadro, nós devemos primeiro revelá-lo como quebrado e tentar reuní-lo novamente. Quando você trabalhar duro e alcançar o entendimento de que não pode fazê-lo sozinho, sem o Superior, então você revelará Aquele que pode ajudar você. E junto com Ele você montará esse “quebra-cabeça”.

Você descobrirá o que Ele fez e porque Ele quebrou a alma comum. Ele fez isso por sua causa, de modo que você juntasse as partes quebradas e, no processo, entendesse como elas deveriam ser organizadas e que conexão deveriam ter. É como se você estivesse montando um carro a partir de milhares de peças e tivesse que compreender porque cada peça é necessária e como ela deve estar conectada com as demais, em que ordem.

Quando você junta tudo, você compreende que para o motor funcionar, ele necessita da força da vida! Aquela força da vida é chamada de Criador. Assim, nós nos damos conta Dele e de Suas ações. De outra forma, nós nunca seríamos capazes de compreendê-Lo.

Da 4ª parte dA Lição Diária de Cabala 25/10/10, “600.000 Almas”

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A pessoa precisa de um fator externo, a fim de ser capaz de olhar para si mesma. Se ela estiver incluída no grupo, este desempenha o papel desse fator de forma positiva, fazendo a pessoa avançar e apoiando-a. No entanto, se a pessoa tem uma fraca conexão com o grupo, ela precisará que muitos problemas internos a empurrem para fora, porque quando o egoísmo sofre, ele quer escapar de si mesmo.

De um modo ou de outro, o discernimento deve ser feito de fora. O caminho certo para fazê-lo é organizar um ambiente que sempre me deixará dentro, que me ajudará e me elevará assim que eu for capaz de voltar à análise correta da forma mais rápida e fácil.

A pessoa não deve mergulhar em sensações e pensamentos do próprio egoísmo, mas sempre olhá-lo de cima, da perspectiva da Luz. O egoísmo funciona de forma muito simples. Assim como carros de brinquedo que funcionam a pilha, ele se move em torno dos obstáculos, e quando esbarra em um, ele muda a direção. Eu estou sempre procurando o lugar com coisas menos negativas e mais positivas. Minhas ações são inteiramente sujeitas a um sistema dual, onde só existe “zero” e “um”.

No entanto, se um pensamento superior chega até eu a respeito da razão e da meta, isso significa que eu fui despertado pelo Alto, pelo nível seguinte, que não pertence mais ao desejo por prazer. É assim que eu recebo uma explicação na minha própria língua, dizendo-me que há algo melhor lá fora, algo com uma qualidade diferente ou com uma classe superior.

No entanto, eu recebo isso em palavras que eu entendo: “Você se sentirá melhor lá”. E eu respondo: “Eu me sentirei melhor? Então eu quero!”.  O mesmo ocorre quando nós nos comportamos com crianças pequenas, descendo ao seu nível de compreensão. Não há outro caminho a percorrer até que nós possuamos a mente superior do novo nível, a lógica dos nossos pais espirituais. E o grupo nos ajuda a fazer isso.

Às vezes a criança se recusa a ir a algum lugar. Mas, de repente, ela vê outras crianças felizes indo naquela direção. Então, ela também corre atrás delas, porque se elas estão indo para lá, isso significa que há algo de bom lá. A natureza tornou esta abordagem inerente em nós desde a quebra dos Kelim, da nossa conexão com o outro. Mesmo se não ouvirmos a nossa mãe (o Nível Superior), ouviremos os nossos amigos do grupo.

No entanto, este não é apenas um grupo, porque a Força Superior reside no seu interior, sendo a mente e o sentimento do nível dos pais. Eu não apenas me junto a um grupo de crianças do bairro, mas eu me anulo perante o grupo e, depois, dentro dessa auto-rejeição, descubro o Criador.

Da 1^a parte da Lição Diária de Cabala 25/10/10, “Mostre-me Sua Honra”

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Pergunta: O que eu devo fazer para adquirir força e exigir a correção?

Resposta: Para isso a pessoa precisa ter a idéia correta em relação a rede de conxão dos desejos ou centelhas, percebendo que estes devem trabalhar juntos, encontrando entre si a força denominada “Criador”. Esta força deixou esse lugar porque na conexão das centelhas não há reciprocidade nem unidade. Mas a pessoa descreve várias vezes a imagem da interconexão, atraindo assim a Luz do sistema corrigido.

Por enquanto é apenas um jogo; não se espera que a pessoa faça um trabalho espiritual, mas que se esforce. Ela pode até mesmo quebrar coisas, mas, ao mesmo tempo, aprenda com isso. A criança não aprende a menos que quebre algo. Ela tem que quebrar o brinquedo, a fim de descobrir o que está dentro dele.

A mesma coisa acontece no caminho espiritual, embora, neste caso, nós devamos visar à criação, à ascensão. Nós lidamos cada vez mais com o sistema quebrado dos laços entre as almas mais almas. Na verdade, nós só revelamos isso.

Dentro desta rede, nós veremos o mecanismo que age de Cima para baixo. Ele se desenvolve e se aproxima de mim, no meu entendimento e consciência, a partir do ponto central, Malchut do Mundo Infinito. Este é o sistema dos mundos. Após a quebra, ele se corrigiu e alinhou-se diante de mim, para que eu, com sua ajuda, atravessasse todas as fases da correção que estão programados nele.

Portanto, o sistema já está dentro de mim. Nós estamos todos interconectados e unidos no estado da correção final (Gmar Tikkun). Eu só preciso me encontrar na unificação corretas e descobrir a força chamada de “Luz” ou “Criador” entre nós.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabala 20/10/10, “A Questão das Calúnias”

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Pergunta: Se a pessoa for racional por natureza, isto significa que ela precisará de mais esforços para compreender que não pode alcançar a doação sem a ajuda do Criador?

Resposta: Algumas pessoas inteligentes têm dificuldade em tomar decisões ascendendo acima da razão, enquanto outras são inteligentes e capazes de compreender que a sua sabedoria não vale nada. É por isso que é fácil para elas renunciar a isso.

Tudo depende de como a pessoa usa a sua sabedoria. A inteligência não é um defeito. Cada qualidade depende de como a pessoa a utiliza: de forma útil ou não.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabala 25/10/10, “Mostre-me Sua Honra”

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No início do caminho espiritual as pessoas ainda não são capazes de distinguir o que está acontecendo com elas. A sensação atual é a verdade para elas. Elas são incapazes de olhar para si mesmas de fora e perceber a influência externa que vem do Criador. Elas ainda não percebem as paredes do “laboratório” que estão dentro.

Quando a pessoa está do lado do desejo de desfrutar, ela automaticamente reage ao que está acontecendo: ela pula de alegria ou vice-versa, cai em melancolia. Ela está enterrada sob os estados de seu egoísmo.

No entanto, à medida que ela trabalha em si mesma dentro da união com o grupo, ela fica afastada de seus próprios desejos e adquire a oportunidade de analisar: quais são as causas de seus estados, e como eles se relacionam com o grupo, o estudo e o Criador? Em vez de se sentir como um animal de teste, ela se desloca para o lado do Criador, que lhe mostra o que está fazendo com ela.

Isso permite que a pessoa se torne ser humano, para se elevar acima do grau de animal do seu desejo para o grau de ser humano. Agora ela entende que o propósito dos estados desagradáveis onde ela é desprovida de energia, Luz e inspiração, é atrair sua atenção à Fonte, o Criador.

Por que o Criador lhe envia esses estados? É para que ela se aproxime do Criador com um pedido. Essa é a única maneira Dele despertar-me. As sensações agradáveis forçam-me a esquecê-Lo, enquanto que o vazio faz o contrário: dá origem a perguntas. Quando eu sou mal tratado, eu quero saber o porquê, mas quando sou bem tratado eu não tenho nenhuma preocupação no mundo sobre o porquê é assim.

É por isso que eu sou despertado por problemas, e naquele momento eu tenho que entender que esses são apelos do Criador. É a Sua maneira de me mostrar que eu dependo Dele; Ele chama-me a Ele para que nós avancemos juntos contra o Faraó.

É quando eu começo a perceber que não existe mal e eu sou grato pelo “mal”, assim como pelo bem, e mais ainda, porque é exatamente isso que me ajuda a avançar, aproximar-me do Superior e exigir Dele correções. Se a pessoa toma a posição correta de avaliar seu estado, se ela usa a sensação como um objeto de análise, então ela adquire fé acima da razão, a qual sempre lhe permite avançar.

Da 1^a parte da Lição Diária de Cabala 10/25/10, “Mostre-me Sua Honra”

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O avanço de uma pessoa depende de sua habilidade em ascender acima da sensação e de sua mente anterior, separando-se delas e sempre se segurando à Luz, o Criador. No entanto, isso é impossível durante a descida, visto que o Criador desaparece de sua sensação e percepção. Então, somente o grupo pode ajudar a pessoa, segurando-a no nível onde ela mantém a atitude correta ou a perspectiva correta sobre o que está acontecendo consigo.

É por isso que é tão importante estar conectado com o grupo, com sua mentalidade e abordagem. O grupo nunca perde a compreensão, a boa vontade e a conexão com o Superior. Ele sempre sabe que não há outro além Dele, que é o Bom e faz o Bem.

Se a pessoa absorve o espírito do grupo, logo ela passa por todos os estados e sempre se beneficia deles. À medida que ela verifica sensações em seu desejo egoísta, acrescenta a eles o que ela sente e pensa mais alto, acima do desejo. E isso é algo que vem do grupo.

À medida que a pessoa avança no caminho, ela começa a entender que há dois elementos fundamentais inerentes à sua percepção:

1. Dentro do desejo egoísta seus pensamentos correspondem às sensações; sua mente e coração são unânimes.
2. Quando ela muda para os desejos e pensamentos dos seus amigos no grupo, ela analisa a si mesma e constrói a fé acima da razão.

Tudo depende com relação a que a pessoa identifica-se e onde está o seu ponto no coração: abaixo ou acima. Essa é a liberdade de escolha da pessoa.

 Da 1^a parte da Lição Diária de Cabala 10/25/10, “Mostre-me Sua Honra”

Categoria: Lição Diária de Cabalá, Livre Arbítrio, Trabalho em Grupo por souzapin - Comentários desativados em Onde Eu Estou: Abaixo Ou Acima?

Pergunta: Nós sabemos que Cabalistas reconhecidos confiavam na Torá escrita e não na Torá oral e popular. Como é que a Cabala observa a proibição da sodomia (Levítico, 18:22): “Não te deitarás com um homem, como se fosse mulher: é uma abominação”.

Resposta: A Cabala não fala uma só palavra sobre o mundo corpóreo e os nossos corpos. Ela trata exclusivamente de como cada pessoa alcança a equivalência de forma com o Criador, independentemente das inclinações que possam ser dadas pelo Criador.

Eu, pessoalmente, não vejo qualquer diferença em alcançar o objetivo espiritual por pessoas com quaisquer tendências, como está escrito sobre a Luz Superior:”Eu vou curar toda a carne”. Portanto, não é nosso trabalho lidar com o corpo. Nós só precisamos atrair a Luz, e ela vai curar o que for necessário.

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Pergunta: O que a pessoa sente quando descobre, pela primeira vez, que está dentro da Luz Superior?

Resposta: A pessoa sente calor, certo tipo de luz reconfortante, certa névoa envolvente que preenche o mundo. É a força do amor, a força que abraça, acaricia, apóia e protege você. É como se você sentisse que está no ventre da mãe. É assim que você pode reconhecer o Superior: através da forma como a Mãe espiritual Superior nos trata, o embrião vivo em seu ventre.

De Cabala para Principiantes “Não há Outro Além Dele” 29/07/10

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Rabash, “Ezequias virou o rosto para o muro”: Ezequias virou o rosto para a parede e gritou para o Criador.

Antes de tudo, nós precisamos nos esforçar para corrigir o Kli coletivo, e, então, tudo se arrumará. Todos os dias, a Shechiná torna-se novamente virgem, e é preciso transformá-la novamente em um vaso. Está escrito no tratado do Sinédrio: “A mulher entra em uma união somente com aquele tem fez um vaso”.

Todos os dias nós nos levantamos novamente privados da conexão pela doação, do grupo, da Shechiná, do Criador. Esta é a maneira natural e apropriada: nós continuamos descobrindo vasos, e é por isso que cada novo dia começa com uma folha de papel em branco. Nós devemos continuar elevando a fé acima da razão, jamais esperando que a qualidade de doação seja importante para nós por si só. Obviamente, ela perde o seu valor, e isso é uma coisa boa.

Eu preciso estar preparado e alegre com isso. Alegre com o fato de que eu não me esqueci que tenho a força. Afinal, este é um sinal da influência do grupo, que imediatamente me dá a capacidade de reagir de forma adequada em relação ao meu estado.

A recepção é importante para mim, mas eu percebo que deveria valorizar a doação, o que significa que eu devo ir acima da razão, a fim de aumentar a importância da doação. Então, eu procuro no meio externo a força de superar os cálculos egoístas, e não dentro de mim.

A pessoa não deve esperar até que o egoísmo perceba a importância da doação, uma vez que isso nunca acontecerá. A cada dia e a cada momento a pessoa pode retomar a oração voltada para o “muro” ou Shechiná, o grupo, e avançar neste caminho. Se ela fosse testar a si mesma e avaliar o seu estado de acordo com a busca constante pela direção correta, ao invés de suas sensações dentro do desejo egoísta, então a sua alegria seria proposital e iria ajudá-la a avançar rapidamente.

Tudo depende da rapidez com que a pessoa desperta para a oração adequada a cada novo instante que surge. Isso só é determinado pela forma como ela construiu seu ambiente.

Se o grupo lhe dá força a cada vez que ela cai, ela percebe de forma adequada o que está acontecendo. O desejo egoísta está fervendo dentro dela, mas as luzes circundantes que vêm através do grupo a influenciam de fora.

Devido a isto, a pessoa sempre vê a importância da meta e eleva a oração apropriada.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabala 13/1o/10 “Ezequias Virou o Rosto para o Muro”

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As pessoas escrevem para mim dizendo que, na expectativa da Convenção elas são surpreendidas pela preocupação e permeadas por vibrações internas, algumas agradáveis e outras desagradáveis. Eu gostaria de dar a todos um pequeno conselho: não deixe que seus sentimentos livres, mas ajam racionalmente e com ponderação.

Antes de tudo, nós devemos entender o que é exigido de nós, a fim de estabelecermos uma conexão. Mais tarde, ao estabelecermos a conexão, sentiremos o quanto a Luz Superior brilha sobre nós. Por enquanto, nós devemos preparar cuidadosamente todas as condições para a futura Convenção, de forma racional, precisa, e de acordo com o plano, sem emoção ou pânico excessivo.

A preocupação é uma coisa maravilhosa. Nós a libertaremos na hora certa e no lugar certo, quando começarmos a trabalhar. No entanto, agora, na fase de preparação, devemos seguir a nossa razão, ao invés da sensação, em tudo que fazemos. Tudo deve ser equilibrado.

Quando nós assinamos o acordo da garantia mútua, fazemo-lo com uma razão sólida, tendo consciência de tudo o que está acontecendo. Nós devemos compreender e aceitar vários princípios que compõem a garantia mútua. Não há muitos deles, e a nossa tarefa é ter consciência deles, afirmá-los, e depois realizá-los. É quando nós nos tornaremos emocionais.

Nós fomos colocados diante de um estado específico pelo Alto, e, no final, nós temos que aceitar e ser conscientes deste estado, realizá-lo de forma apropriada.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabala 22/10/10, Escritos do Rabash

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