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Aprendizagem “Boca a Boca”

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que significa a aprendizagem “boca a boca”, através da qual o Baal HaSulam passou seus ensinamentos ao Rabash?

Resposta: Aprendizagem “boca a boca” significa compartilhar a tela, pois “a boca” (Peh) é o local da tela. Tal conexão é considerada “Rucha BeRucha” (a nível de Ruach), e este é o tipo de comunicação que o aluno deve atingir com seu professor.

Este é o grau de anulação do inferior, graças à qual ele atinge a conexão com o superior. Este estado de espírito não é fácil de alcançar, mas, pelo menos, o estudante deve fazer o que pode neste mundo, seguindo o conselho de seu professor como se fosse uma lei para ele. É uma recomendação simples e prática que qualquer pessoa pode usar, e é considerada como o grau mínimo de auto-anulação diante do superior, de que nós estamos dispostos a realizar devido aos nossos interesses egoístas.

Se eu desejo ganhar a espiritualidade do professor, eu tenho que anular-me diante dele, como no exército: se uma ordem for dada, ela é realizada. O professor fala sobre a construção de uma intenção correta, anulando-se, fazendo todos os esforços, participando nas ações de disseminação, e tudo o mais que é exigido de um aluno. O estudante, por sua vez, deve ouvir. Como resultado, através do ponto de conexão que surge, ele receberá a Luz que Corrige e compreenderá o que lhe é dito.

Na medida em que o aluno anula seu egoísmo, ele automaticamente se transforma em uma forma onde esse entendimento ocorre através da recepção de uma impressão (marca) da espiritualidade. E através desta marca, nós começamos a compreender o ensinamento. Se o inferior se anula, o superior imprime sua estrutura, suas 10 Sefirot no inferior.

Vamos esperar ser recompensados com o Rabash se tornando o nosso Professor.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabala 12/09/10“Carta 38”

Viajando No Mundo Dos Desejos

Dr. Michael LaitmanPergunta: É possível manter a Luz Circundante (Ohr Makif) durante o dia, quando eu saio do grupo e da lição para o mundo exterior?

Resposta: A lei de qualquer campo físico declara que a intensidade (da luz ou de qualquer outro estímulo) diminui de forma proporcional à distância da fonte ao quadrado. Quando você se move duas vezes mais longe da fonte, a intensidade diminui quatro vezes. Mas se você se aproximar duas vezes mais, então a intensidade aumenta quatro vezes.

No mundo espiritual não há nenhuma fonte de Luz, porque a Luz preenche o universo inteiro. Portanto, sua influência é a mesma, não importa onde você esteja. Você acha que sai da aula e entra no mundo exterior, mas, na verdade, todas as mudanças espaciais ocorrem dentro de você. Você vai de um desejo ao outro. Todos os “lugares” são os seus desejos. Você está viajando dentro de si mesmo.

Portanto, tudo depende do quanto você desperta a Luz dentro dos desejos. A Luz está presente neles de forma igual e plena. Não importa onde você esteja – na rua ou na lição do grupo. Eu poderia estar fisicamente presente no grupo, mas estar longe em meus pensamentos. O grau da minha conexão com a Luz depende apenas da intenção: Quanto eu desejo estar conectado a ela?

Através Das Sete Cores Do Arco Íris À Luz Branca e Simples

Dr. Michael LaitmanTudo o que O Zohar e a sabedoria Cabalística falam são formas ou tipos de conexão entre nós. O Criador ou a Luz Superior não tem forma; nós não podemos senti-Lo. Os tipos e formas de conexão de doação e amor entre nós, por serem equivalentes à Luz, dão forma, cor e gradações de qualidades à Luz. Eu posso distinguir e “captar” a Luz em minhas próprias qualidades na medida em que elas forem semelhantes a Ele.

Portanto, tudo o que nós lemos no Zohar sempre se refere aos tipos de conexão entre as almas. Nós revelamos a Luz de acordo com as formas de conexão que se manifestam entre nós. Caso contrário, é impossível “captar” (revelar) a Luz. “Não há luz” se eu não a pinto com diferentes cores. A Luz que chega a mim deve necessariamente estar colorida como as sete cores do arco-íris. Sem isso, eu, como criatura, não a verei; eu serei incapaz de sentir ou percebê-la.

Suponha que exista um prisma ao qual a Luz branca e simples é dirigida. Como ela é refratada atarvés dele, ela se separa nas sete cores do arco-íris, do vermelho ao violeta.

The Seven Colors of the Rainbow

É isso que faz Zeir Anpin do Mundo de Atzilut: ele traz a Luz de Bina de cima, quebrando-a em sete cores. E eu, Malchut, atuo no sentido oposto (através da tela): eu reuno todas essas luzes/cores, trago-as de volta (Ohr Hozer, a Luz Refletida) para o “prisma”, o que resulta em uma Luz.

Eu não sinto a Luz simples e branca que chega até eu, uma vez que ela não tem cor. No entanto, eu reuno todas as sete cores que chegam de Zeir Anpin à Malchut em mim e sinto a Luz simples. Malchut é chamada de “reunião”, uma vez que reúne e integra todas as sete Sefirot de Zeir Anpin.

Ao tornar-se semelhante a este “prisma”, que divide a luz branca em sete cores, Malchut obtém novamente a Luz branca. É assim que ela sente ou imagina essa Luz. Ela não recebe a Luz branca, mas tornando-se semelhante a esta, ela pode obtê-la e misturar-se com ela, de acordo com a regra do “Eu conhecerei Você de Suas ações” (MiMaaseicha Ikarnucha).

A partir de 613 ações, nossas correções, nós construimos uma “imagem” do Criador. Afinal de contas, o Criador não tem uma imagem; nós a criamos de nossas qualidades.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabala 8/09/10, O Zohar

Cabalistas Sobre Cabalistas, Parte 23

Dr. Michael LaitmanCaros amigos, por favor, façam perguntas sobre passagens dos grandes Cabalistas. Eu prometo respondê-las. Os comentários entre parênteses são meus.

Principais Fontes Cabalísticas: Comentários do Baal HaSulam sobre as obras do ARI e O Livro do Zohar

Nós podemos ver que todas as interpretações do Livro do Zohar anteriores à nossa não esclareceram nem dez por cento dos lugares mais difíceis no Zohar. E, no pouco que elas esclareceram, suas palavras são quase tão obscuras quanto as palavras do próprio O Zohar.

Mas em nossa geração nós fomos recompensados com o comentário Sulam (escada), que é uma interpretação completa de todas as palavras do Zohar. Além disso, ele não apenas não deixa uma questão duvidosa em todo O Zohar sem interpretá-la, mas os esclarecimentos se baseiam em uma análise simples, que qualquer estudante intermediário pode entender. E visto que O Zohar surgiu em nossa geração, ele é uma prova clara de que já estamos nos dias do Messias (correção completa e geral da humanidade), no princípio dessa geração em que se disse, “porque a Terra (“Eretz”, derivado da palavra “Ratzon” ou desejo) se encherá do conhecimento do Senhor”.
– Baal HaSulam, “Discurso para a Conclusão do Zohar

Preparando-se Para O Descenso

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como nós podemos nos preparar para o descenso durante a subida?

Resposta: De forma alguma você deve antecipar uma queda durante uma subida! Eu devo considerar cada subida como a correção final da minha alma. Como eu posso doar se estou esperando um descenso iminente?

Eu tenho que ser positivo em relação ao futuro. Isso se chama “preparação para a queda”. Eu dou o máximo e espero a correção plena como resultado, acreditando que a partir de agora nada de ruim poderá acontecer comigo na vida. Eu me agarro totalmente Àquele que é bom e faz o bem: o Criador. Cada estado espiritual exige compromisso absoluto e devoção da alma; você deve pensar somente sobre a doação e nada além disso.

Agora, eu vou subir, e não importa o que venha depois de um descenso, isso virá como uma subida para mim. É isso que a pessoa pensa enquanto está no estado de ascensão: “Eu não tenho medo de nada; deixe o anjo da morte surgir! Eu vou destruí-lo! Não importa em qual estado eu esteja, eu vou usá-lo como um trampolim para subir ainda mais!”.

Isto significa que depois do Congresso de novembro todos nós mudaremos para uma ascensão contínua! Não haverá mais quedas! Todos os descensos espirituais que nós experimentarmos devem ser transformados em uma subida através de nossas intenções.

Mesmo quando eu sinto uma queda, ela permite que eu perceba que ainda não alcancei o topo da escada, mas que através da minha intenção eu já estou no Mundo do Infinito. Deixe o vazio se manifestar dentro dos meus desejos de recepção; eu estou pronto para elevar-me acima dele. Por um lado, eu desço revelando o meu mal, e por outro lado, eu imediatamente elevo-me acima dele através da intenção de doar.

Nós queremos experimentar tal progresso contínuo depois do Congresso, de modo que quaisquer buracos e solavancos que estejam no nosso caminho, nós os perceberemos como uma ascensão.

Da 2 ª parte da Lição Diária de Cabala 6/09/10, Shamati # 42

Comemorando O Dia Do Falecimento Do Rabash

O Rabash descreveu todo o caminho espiritual que está diante de nós e explicou o que nós precisamos fazer a fim de recebermos a Luz que Corrige e nos Preenche. Não houve na história um Cabalista que tenha feito coisas desta envergadura, em prol da conquista do Criador. Obviamente, isso só se tornou possível porque ele era a pessoa certa na hora certa.

É impossível imaginar como nós poderíamos avançar sem o manual de instrução detalhado que recebemos dele. Sem suas explicações, nós não conseguiríamos realizar o método do Baal HaSulam. Agora, quando nós nos aproximamos cada vez mais da realização prática desse método, nós estamos obtendo uma melhor compreensão do quanto precisamos das explicações detalhadas do Rabash.

Há milhares de livros Cabalísticos de alto nível, mas nenhum deles pode ser usado de forma prática em nossa época. O mesmo serve para a Torá: ela só pode ser entendida por uma pessoa que já alcançou a espiritualidade. No entanto, a única coisa que pode ajudar a pessoa que deseja entrar no mundo espiritual são os escritos do Rabash.

Da Lição Diária de Cabala 12/09/10, “Qual é a Diferença entre o Coletivo e o Particular na Obra do Criador”

A Linguagem Comum Entre Nós E O Criador

Dr. Michael LaitmanQuanto maior o obstáculo no meu caminho, mais “ajuda em contra” eu percebo nele, ou seja, que eu me torno semelhante à Luz de acordo com o caráter e as qualidades do meu egoísmo. Se eu me elevo acima do meu egoísmo, de todas as suas qualidades, eu posso me tornar semelhante à Luz. Caso contrário, eu não saberia como igualar-me a ela.

Eu tenho que sentir todos estes obstáculos nos mínimos detalhes. Eu me incluo neles, e me elevo acima deles através da força da Luz. No entanto, são exatamente eles que me moldam na forma da Luz, já que nem a Luz nem o desejo de desfrutar têm sua própria forma. De que outra maneira nós podemos conseguir essa semelhança? Como nós podemos conectar dois opostos absolutos: o desejo e a Luz?

Por esta razão, eles são divididos por partes, degraus da escada, ou níveis, como forma de conexão entre eles. O desejo de desfrutar, através da absorção de todos estes obstáculos, acaba tornando-se semelhante à Luz. Dentro dele permanece o mesmo desejo de receber prazer. No entanto, esses filtros o ajudam a tornar-se semelhante à Luz. Ele só precisa superar esses filtros! Ele não deve tomá-los como obstáculos que enfraquecem a Luz, mas sim incluí-los em si mesmo, sob a forma oposta. Isso se chama avançar através da “fé acima da razão”.

Nós precisamos nos elevar do estado onde Bina está incluída em Malchut, e Malchut governa Bina, para o estado oposto: onde Bina governa Malchut e as qualidades de Bina tornam-se as determinantes. Todas essas formas entre o Infinito (Keter) e a quarta fase, a fase final (Malchut), são chamadas de nomes (qualidades) do Criador. Elas servem de exemplo para a Luz criar Malchut e influenciá-la.

Ao mesmo tempo, Malchut pode usar o HaVaYaH oposto (dela até Keter) e ser revestida pela Luz (convergir com a Luz), a fim de tornar-se semelhante a ela. Estas oito Sefirot entre Keter e Malchut são como uma língua comum possível entre a Luz e o desejo, entre o Criador e a criatura.

Por esta razão, elas são chamadas de nomes sagrados, uma vez que um nome é uma revelação, ou seja, a realização da qualidade específica do Criador em relação a nós, Malchut. No entanto, o que eu não atingir, eu não posso definir por um nome.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabala 7/09/10, Talmud Eser Sefirot

Nós Damos Garantia A Todos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como nós podemos ajudar e apoiar os amigos que estão no estado de descenso?

Resposta: Primeiro, nós devemos apoiá-los internamente, através da oração, do pedido, e do pensamento coletivo em relação a todos. Todos nós “assinamos” um “acordo” sobre a garantia mútua (Arvut) e a assistência mútua no caminho espiritual. Por isso, nós devemos ter certeza de que todos participam de forma plena, e isso depende unicamente do apoio do grupo.

Eu não deveria culpar o amigo se ele é incapaz de se esforçar ao máximo para alcançar o objetivo; eu deveria me culpar por sua fraqueza, que eu sou incapaz de despertá-lo. Na verdade, ele depende completamente de mim. O apoio mútuo no momento em que ninguém tem força e que cada um dá cem por cento, isso é chamado de garantia mútua.

Se eu assinei o contrato, isso significa que eu me comprometi em fornecer o avanço espiritual a todos. Eu concordo em ajudar que todos atinjam a meta; como um fiador de uma conta bancária, eu garanto que o meu amigo terá a força para manter o foco no objetivo.

Se eu assinei o contrato, significa que agora ele depende de mim! Se o meu amigo cai, eu tenho que entender que ele cai aos meus olhos, em relação a mim, para me dar a oportunidade de despertá-lo. E ao revivê-lo, eu revivo uma parte da minha alma.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabala 6/9/10“E Jacó Partiu”

Como Ouvir Os Artigos Do Rabash

Dr. Michael LaitmanNa Carta nº 38 do Livro Frutos da Sabedoria, o Baal HaSulam escreve para seu principal aluno e filho, o Baruch Ashlag (Rabash), que a pessoa não pode desistir e parar no meio da caminhada espiritual. Até que a pessoa atinja a meta, ela precisa de força para superar constantemente obstáculos cada vez maiores.

Você não pode confiar nas vitórias passadas. Pelo contrário, tudo o que você alcançou ontem se transforma em um novo desejo hoje, o qual empurra você ainda mais em direção à meta. Portanto, as coisas que você recebeu ontem, não podem curar suas feridas e deixá-lo descansar.

Até que a pessoa alcance a correção final, ela deve tomar cuidado em garantir que o seu desejo de alcançar a meta cresça a cada momento. Tudo o que você alcançou desaparece imediatamente. A pessoa permanece “nua” e é assim que ela deve avançar.

Obviamente, o Rabash realizou uma enorme tarefa enquanto esteve ao lado do seu pai, estando constantemente ao seu lado e participando de todas as lições. Ele era muito leal a seu pai e sempre tomou seu partido em todas as brigas familiares que surgiram entre os parentes do Baal HaSulam. Alguns deles se opuseram ao estudo da Cabala, pois os separava da comunidade religiosa.

O Rabash foi um estudante bem sucedido e atingiu a revelação espiritual. Nós não podemos dizer que nível ele atingou; ele é grande demais para que sejamos capazes de medir isso. Nós só podemos conjecturar sobre a sua grandeza e seu enorme coração com base nas explicações que ele deu em relação aos nossos estados e sobre necessidade de união.

Nós ainda não percebemos o quão profundo são seus artigos e quão vitais são seus conselhos práticos. É por isso que nós devemos estudá-los o tempo todo.

Ao trabalharmos com os artigos, as coisas mais importantes são: 1) fazer um breve resumo de cada artigo, e 2) tirar conclusões do resumo. Sem este trabalho, nós não estamos realmente estudando os artigos.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabala 12/09/10, Baal HaSulam, Carta 38