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Minha Semelhança Com O Criador

Dr. Michael LaitmanMalchut quer ser semelhante à Bina e consegue isso através de Zeir Anpin (ZA). ZA é um modelo para ela. Ser capaz de se tornar semelhante a ZA indica sua capacidade de ser semelhante à Bina.

O mesmo se aplica a nós. Se eu quero ser como o Criador, eu tenho que entrar no grupo, tornar-me parte integral dele, participar juntamente com todos, influenciar a todos, e receber de volta a influência deles. Neste tipo de mistura, na conexão entre nós, eu adquiro uma nova forma de união com os outros. Então, a forma que me reveste assemelha-se ao Criador.

Em outras palavras, se eu me vestir com o grupo, como se ele fosse uma peça de roupa, então eu serei semelhante ao Criador.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabala 07/09/10, O Zohar

Não Perca O Ponto De Adesão

Dr. Michael LaitmanSe nós tivéssemos sido corrigidos no Mundo do Infinito, todas as influências do Alto (das melhores às piores, conforme são sentidas no nosso desejo de receber prazer ou na nossa matéria), não mudariam nem um pouco a nossa atitude para com o Criador. Isso ocorre porque o nosso desejo estaria sob a Primeira Restrição (Tzimtzum Aleph), sob a tela, em doação, ou na Luz Refletida.

Então, nós usaríamos todos os estados que atravessamos, da satisfação plena ao vazio total, com a única finalidade de justificar o Criador, de glorificar, honrar e agradecê-Lo. Isso acontece porque nesses vários estados, que vão do vazio à plenitude, Ele nos dá a oportunidade de determinar a nossa atitude para com Ele como algo que seja independente do que recebemos Dele, sem qualquer conexão com o nosso desejo de receber prazer ou a nossa sensação em si.

Como resultado, nós apenas Lhe agradeceríamos a oportunidade de nos elevarmos acima do nosso desejo, da nossa natureza, na fé (doação) acima da razão (satisfação), no “doar com o propósito de doar” (Galgalta ve Eynaim ou GE) e no “receber com o propósito de doar” (GE mais AHPAwzen, Hotem, Peh). Dessa forma, nós poderíamos aceitar todos os estados com uma única finalidade: usá-los de forma a sentir o Infinito em cada estado.

Isto é, nós teríamos uma intenção totalmente corrigida, independentemente do grau de satisfação e sensação do desejo, do vazio absoluto e sofrimento terrível à satisfação completa, que muda toda a atenção da pessoa, do Criador para o seu ego. Se nós nos corrigíssemos a tal ponto, estaríamos no Mundo do Infinito.

Nós determinamos o nosso degrau na escada espiritual em relação à correção total, o Mundo do Infinito. Nós fazemos isso de acordo com a nossa capacidade de justificar os estados que Ele nos dá, de existir acima da sensação que sentimos em nosso desejo, para manter a intenção e estar em conexão com Ele, o Doador, a fim de nos tornarmos semelhantes a Ele, com base em todas as sensações .

O Criador deu-nos um ponto de adesão com Ele. No entanto, para compensar isso, Ele também criou em nós o desejo de receber prazer, e Ele está constantemente aumentando-o. Este desejo anula o ponto de adesão. No entanto, nós temos que usar o desejo que nos empurra para longe da adesão, e aumentar a conexão com o Criador exatamente com a sua ajuda. É assim que nós avançamos.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabala 6/09/10“E Jacó Partiu”

Nós Somos Infinitos Unidos Em Um Círculo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se uma pessoa não existe separada dos outros indivíduos, por que cada um de nós tem uma sensação de que a realidade é criada por ele e que o Criador se relaciona com ele pessoalmente?

Resposta: Este é um nível de exclusividade que cada um de nós possui. Ele chega até nós vindo do Criador e constitui nossa raíz, que nos torna diferente dos outros. Ele obriga cada um de nós a implementar sua singularidade, pois é verdade que “o mundo é criado por mim”. Isto é o que cada pessoa deve pronunciar e validar para si mesma. No entanto, isso não deve ser feito às “custas” dos outros, mas sim para o benefício dos outros.

Eu sou aquele que corrige este mundo; as outras pessoas são apenas partes de mim. Este fato obriga-me a tratar os outros como se eles dependessem de mim. Eu tenho que unir-me com eles através do poder do meu amor, e eu sou o único que define isso.

Quando o meu ponto se conecta com os pontos deles, eu me torno a “cabeça” deles, ou seja, a cabeça de um corpo chamado “alma comum”. Sou eu quem toma as decisões, criando conexões e preenchendo-os com a Luz do Criador, porque para eles eu represento a fonte ou o Criador. Existe alguém, e ele é você. Você é aquele que faz a mesma coisa ao conectar as outras pessoas (inclusive eu) a você. Você também se torna a cabeça do nosso corpo universal, mas é um corpo diferente, porque, no seu caso, ele é identificado por sua atitude adequada em relação aos outros.

 We Are Infinities
Assim, cada um de nós é uma personalidade única que não sobrecarrega os outros, mas sim os complementa. Você sente atitude pessoal do Criador, mas Ele só pode se relacionar com você por meio do grupo. Da mesma forma, você só se relaciona com Ele por meio do grupo.

O Criador é aquilo que é revelado na conexão entre nós. A Luz Superior reside especificamente dentro dos desejos de doação e na conexão entre todas as almas. Ao unir todas as qualidades de doação, o vaso para a revelação do Criador (uma rede de doação) revela-se.

O próprio desejo experimenta a Primeira Restrição (Tzimzum Aleph) e para de receber. Receber só é possível através dos laços que conectam todos os desejos em um lugar onde a tela e a Luz refletida estejam presentes.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabala 5/9/10, “Qual é a Questão de Eu Fazer Um Pacto no Trabalho”

O Show De Um Homem

Dr. Michael LaitmanPergunta: Será que cada pessoa precisa experimentar todos os estados descritos no Zohar?

Resposta: Está escrito: “Todo homem tem que escrever a Torá”. Isto significa que a pessoa precisa revelar gradualmente todas as suas qualidades ou desejos na sua forma egoísta inicial e, conforme a sua revelação, corrigí-las, mudando a intenção de “para mim” para “para o bem dos outros, ou do Criador”. Com isso a pessoa constrói um novo vaso que tem uma tela e Ohr Hochma, e enche-o.

A revelação do Kli quebrado significa que a pessoa se veste de certo tipo de pecador como descrito na Torá. Com a conseqüente correção deste estado, ela se veste de homem justo da Torá. A pessoa deve assumir essas imagens e formas uma e outra vez, alternando-se entre vestir-se de pecadora ou justa, as quais são apresentadas a ela pela Torá.

É como uma impressão de modelos que já existem em você. É como se você estivesse caminhando na escuridão com um holofote e alternasse entre projetar a luz sobre um pecador que se vestiu em você e um homem justo no extremo oposto. Desta forma, você vai sempre de uma imagem a outra. Você deve atravessar todas elas! Isto ocorre porque toda a Torá é composta de estados que você experimenta, começando com Adão: a primeira revelação do mal em você e o primeiro contato com o Criador.

O homem começa experimentando a sensação do seu egoísmo em contradição com o Criador. A Torá inteira fala somente sobre essas consecutivas vestimentas nos diferentes papéis que você representa, como no teatro, e de acordo com um determinado script dado a você. Você vestirá diferentes figurinos, mas você é o único a representar esses vários papéis.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabala 5/9/10, O Zohar

Cabalistas Sobre Cabalistas, Parte 20

Dr. Michael LaitmanCaros amigos, por favor, façam perguntas sobre passagens dos grandes Cabalistas. Eu prometo respondê-las. Os comentários entre parênteses são meus.

Principais Fontes Cabalísticas: As Obras do ARI

O Rav Isaac Luria preocupou-se e forneceu-nos a medida exata. Ele fez muito mais do que seus antecessores, e se eu pudesse elogiar, eu elogiaria o dia em que sua sabedoria surgiu quase como no dia em que a Torá (método de correção) foi dada a Israel (aqueles que estão dispostos a corrigir -se espiritualmente).

Não existem palavras suficientes para medir a sua santa obra em nosso favor. As portas da realização estavam trancadas e fechadas, e ele veio e abriu-as para nós. …

Você se depara com um homem de trinta e oito anos de idade, que com sua sabedoria subjugou todos os seus antecessores por meio da Genialidade e através de todos os tempos. Todos os anciãos da terra, os pastores corajosos, amigos e discípulos do Divino sábio, o RAMAK, ficaram diante dele como discípulos diante do Rav.

Todos os sábios das gerações que se seguiram a eles até hoje, sem faltar nenhum, abandonaram todos os livros e composições que o precederam, a Cabala do RAMAK, a Cabala do Primeiro e a Cabala do Gênio (aqueles que viveram e trabalharam antes do ARI), bendita seja a memória de todos eles. Eles ligaram a sua vida espiritual total e exclusivamente a sua Santa Sabedoria.
– Baal HaSulam, “Introdução ao Livro, Panim Meirot uMasbirot