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A Batalha E A Unificação Dos Opostos

Estado 1 (nosso estado presente) é “doação” para si mesmo, o que compreende nosso prazer e o desejo de satisfação. Estado 2 (o estado que desejamos alcançar) é doação ao Criador, o que irá constituir prazer para nós. E nisso está a contradição.

Na “doação” para si mesmo, a ação em si, o trabalho, e a recompensa estão todos em uma direção, em uma linha. Assim, é chamado de Luz Direta, e tudo está claro para nós aqui: o começo, o fim, e a realização dessa meta final estão dirigidos em uma direção: em direção a mim.

Mas se eu desejo ter prazer em doar ao Criador, então o problema da intenção oposta e o resultado surgem. Eu preciso corrigir minha intenção, e isso vai contra meu desejo! Doar ao Criador deveria se tornar em recepção de prazer para mim. E eu preciso me alegrar uma vez que esse é o plano da criação. E a alegria deveria vir da doação, e isso é completamente oposto a mim. [Leia mais →]

Ele É O Começo E O Fim, Mas Eu Estou No Meio

Pergunta: A quem eu culpo por meus colapsos afinal das contas: a mim ou ao Criador? São eles o resultado de meu esforço ou a falta disso?

Resposta: Foi dito sobre o Criador: “Eu sou o começo e o fim”. “Eu sou o começo” significa que cada estado inicial não está nas mãos da pessoa. Usualmente, ela não tem nada que ver com o que aconteceu previamente.

Eu não estou falando sobre pessoas normais cujos “genes” (Reshimot, ordens desde o Alto) se revelam mecanicamente e sequencialmente, e as questões sobre o propósito da vida e sobre o alcance do livre arbítrio não aparecerão. Senão, eu me refiro à pessoa que já recebeu o vazio a ser preenchido e o sente através do surgimento da pergunta sobre o propósito da vida. Tal pessoa pode se realizar ao entrar no grupo (o sistema coletivo de almas) e analisar seus colapsos e ascenções uma vez que esse estado inicia sua jornada espiritual.

Tudo é avaliado em relação ao livre arbitrio, não ao estado em si mesmo. Minha condição em si não importa, ela pode ser boa ou má. O que importa é como eu a estou empregando agora. Em outras palavras, somente o “resultado” é avaliado.

Eu não mudo o mundo, nem o corrijo. Eu corrijo minha participação nele.

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Trechos do meu próximo livro, Um Guia para o Livro do Zohar

A conexão entre nós pode ser comparada a um quadro que não só foi despedaçado ou quebrado em pequenos pedaços, mas está incorretamente reunido. Se não houvesse conexão entre nós de nenhuma maneira, isso não seria tão mal, mas a quebra criou uma conexão negativa, egoísta. Qual é a razão disso? Essa conexão negativa entre todas as partes da natureza é uma “ajuda contra nós” uma vez que ela nos capacita a descobrir a natureza do Criador desde fora d’Ele.

Sem essa conexão negativa entre nós, não seríamos capazes de descobrir que o tipo de conexão entre nós determina tudo, e é a causa de todo bem e mal no mundo. Se essa conexão fosse boa, não seríamos capazes de alcançar o Criador, pois nós estaríamos dentro d’Ele. E se não houvesse conexão entre nós de jeito nenhum, não seríamos capazes de revelar a razão do mal em nossas vidas.

Ao revelar que a conexão entre nós é má e é a causa de todos nosso sofrimento, nós podemos transformá-la em bem. Tanto é assim que, com a ajuda do sofrimento que nos empurra para frente, nós alcançamos o Criador. Então, descobrimos que de outra maneira não poderíamos tê-lo alcançado. [Leia mais →]

Qual Caminho Seguir?

O desejo egoísta constantemente busca prazer e não tem limites, assim leva a si mesmo à morte. Não há como ele sobreviver. Mesmo com os justos, os níveis inanimado, vegetal, e animal aspiram e se aproximam da morte.

Essa é toda nossa vida: desde o momento do nascimento começamos a nos mover em direção à morte. O desejo egoísta é incapaz de existir em qualquer outra forma uma vez que ele se nutre mais da morte do que da vida.

Porém, nós podemos adquirir o desejo de doar. Ele está completamente separado do nosso desejo egoísta de receber e representa a alma que existe separada do corpo, não importando se o corpo está morto, vivo ou se nasceu novamente. Todos esses estados ocorrem somente no nível desse mundo, enquanto as almas vivem no espiritual, no Mundo Superior.

Em outras palavras, nós estamos agora passando para um inteiramente novo tipo de existência, que não está associada de nenhuma forma com nosso modo de vida anterior. Não seremos capazes de continuar com base na educação, cultura ou valores anteriores a menos que eles sejam claramente indispensáveis para nossas necessidades corporais essenciais. Os assim chamados valores “humanos” irão simplesmente deixar de existir porque nós não mais encontraremos prazer neles. E no nível animal iremos existir como todos os animais existem, consumindo não mais do que o necessário para a vida.

Assim, toda a vida da humanidade irá mudar radicalmente, e ninguém vai nos forçar a isso. Ao invés, todas essas realizações – seja na moda, no cinema ou na mídia de massa – não irão nos dar a sensação de vida. Elas serão reduzidas ao necessário para a existência do corpo, e para tudo o mais as pessoas irão procurar no verdadeiro nível humano. É uma mudança qualitativa que nunca antes aconteceu.

Cabalistas Sobre Cabalistas, Parte 14

Queridos amigos, por favor, façam perguntas sobre essas passagens dos grandes Cabalistas. Os comentários entre parênteses são meus.

Seguindo os Caminhos dos Cabalistas

No que diz respeito à vida espiritual, não há uma obrigação natural de que o indivíduo obedeça à sociedade de nenhuma maneira. Pelo contrário, aqui se aplica a lei natural sobre o coletivo, de se submeter ao (espiritual) individual (para dessa forma alcançar eles mesmos a meta).

-Baal HaSulam, “A Liberdade”

Enquanto a maioria da humanidade está subdesenvolvida, e os desenvolvidos são sempre uma pequena minoria, se você sempre determinar de acordo com a vontade do coletivo, que é o subdesenvolvido, e os imprudentes, as opiniões e desejos dos sábios e o desenvolvimento da sociedade, que é sempre a minoria, nunca serão ouvidos e nunca serão levados em consideração. Assim, você sela o destino da humanidade ao retrocesso, pois ela não será capaz de dar um único passo a frente.

– Baal HaSulam, “A Liberdade”