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O Tipo De Pergunta, O Tipo De Resposta…

Dr. Michael LaitmanPergunta: Onde estava Adão quando a serpente estava tentando Eva? Se ele estivesse ao lado dela naquele momento, ele poderia ter afugentado a serpente ou ter protegido Eva, pedindo-lhe para não ouvir o “mal” sedutor.

Resposta: Ele inclinou-se para a esquerda, para a serpente da esposa.

O Zohar É Uma Fonte De Força

Dr. Michael LaitmanPergunta: Quanto mais eu leio O Zohar, mais eu percebo a sua força. O Zohar é realmente tão profundo?

Resposta: Eu direi apenas isto: é difícil sem O Zohar. Muitas vezes você sentirá a necessidade de retornar a ele durante o dia. De qualquer modo você olha para ele, e ele é simplesmente uma fonte de força.

No início, quando a pessoa abre O Zohar pela primeira vez, ela não sabe por que este livro magnetiza e encanta-a tanto e porque é tão difícil passar sem ele. Alguns começam a sentir isso mais cedo que os outros. Para algumas pessoas pode demorar muito tempo para sentir o poder escondido neste livro.

No entanto, cedo ou tarde, todos começam a sentir que precisam do Zohar. É como a água: nós precisamos dela mais do que comida.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabala 30/08/10, O Zohar

A Nova Fórmula Para O Sucesso

Dr. Michael LaitmanPergunta: A mecânica do desenvolvimento do desejo no mundo é simples, e nós temos acumulado milhares de anos de experiência nisso. Que conhecimentos novos a ciência da Cabala oferece quanto ao uso do desejo?

Resposta: A Cabala oferece a intenção, e nada mais é necessário! O Criador criou o desejo de receber prazer e Ele o dirige à evolução. Esse desejo é egoísta, fazendo-nos constantemente correr atrás de tudo o que possa preenchê-lo. Tal comportamento caracteriza os níveis imóvel, vegetal e animal da existência. No entanto, na nossa época, após milênios de crescimento, nós finalmente evoluímos para o “nível humano” (Adão), que é um estado totalmente diferente de existência. O ser humano é independente das formas de existência imóvel, vegetal e animal.

Para o ser humano, a coisa mais importante é a intenção, ou a razão “pela qual” eu possuo os níveis imóvel, vegetal e animal? Para que eu vivo? Ele se pergunta sobre o propósito da vida, e quando a pessoa tem este questionamento, ela chega à Cabala. Esta é uma tendência totalmente nova, onde eu não dependo da evolução anterior do meu desejo. Eu evoluí , mas e agora? Agora, algo completamente novo, misterioso e desconhecido está minha frente.

A atual crise humana é a crise da fórmula do nosso desenvolvimento anterior, que não funciona mais! O período anterior da evolução terminou quando as únicas forças operativas eram a Luz e o desejo, o prazer e a fome. Agora, eu vejo que não há satisfação, e sinto a necessidade por ela, mas não entendo como ambas estão conectadas.

Anteriormente, isso funcionava de forma muito simples: quanto maior o meu desejo, maior a sua satisfação. Mas hoje, embora o meu desejo seja enorme, eu me agarro e aproveito o que eu quero por um instante e depois desaparece. Como resultado, eu não quero nem correr atrás de mais prazer. No entanto, eu ainda tenho que satisfazer-me com alguma coisa. No entanto, eu não tenho nada a ver com isso. Você percebe que horrível é isso?

A humanidade não sabe o que fazer com essa situação. Isto leva às guerras, crimes, brutalidade e terrorismo, porque no momento que o homem experimenta o vazio e a lembrança, ele está disposto a fazer o que for preciso para encontrar pelo menos uma pequena satisfação, mesmo por um instante!

Agora nós estamos passando por este momento de transição. O desejo egoísta já completou a sua evolução nos planos de existência imóvel, vegetal, e animal. Agora, ele tem que crescer como “ser humano”, o que significa “semelhante ao Criador”. Esta é uma forma totalmente nova, onde a pessoa trabalha em doação, ao contrário de tudo o que ela fazia antes.

Nós nem compreendemos esta ação nem onde obtemos a força para ela. Nós não temos a mente, o desejo, e o ambiente para isso. Nós só temos a ciência da Cabala, e mesmo isso está disponível apenas para aqueles que já a descobriram. É por isso que nós estamos fazendo esse grande esforço de disseminá-la, porque gostaríamos de acelerar a evolução e propor uma solução com bastante antecedência antes que surjam os próximos golpes.

Caso contrário, ninguém saberá o que fazer com esta vida: nem políticos, nem sociólogos, nem psicólogos, ou quaisquer outros cientistas. A humanidade desistirá e concordará com qualquer tipo de existência, na esperança de esconder o que está realmente acontecendo e continuar vivendo, ao menos de alguma forma.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabala 30/08/10, “Introdução ao Livro, Panim Meirot uMasbirot

A Linha Do Meio É A Alma

Dr. Michael LaitmanO Zohar, Capítulo “VeYechi (Jacó Viveu), item 119: “Somente os seus pais o Senhor quis”.  “Seus pais”, na verdade são três: Abraão , Isaac e Jacó. Ele escreve, “somente”, realmente somente, pois não há mais do que estes três, e deles todos os outros se expandem e se aderem, ou seja, todos os graus de BYA. Eles se elevam por MAN a ZON, para coroar o Nome, para estender novos Mochin à Nukva, que se chama “Nome”.

O Zohar sempre nos traz a linha média em todos os estados. Esta é a sua missão: mostrar-nos constantemente como podemos organizar as duas linhas que recebemos do Alto, do Criador – a força de doação e a força de recepção. O Zohar mostra-nos como construir a nossa realidade graças a ele, e assim estarmos acima das forças de doação e recepção. Nós ascendemos sobre elas e as recebemos conforme somos capazes de incluir uma dentro da outra. Sua combinação mútua constrói em nós a linha do meio.

A linha média é construída a partir da soma das duas linhas, usando o melhor de ambas. A linha do meio é formada quando a linha da esquerda torna-se incluída na linha direita, e a linha da direita na linha de esquerda; então, você pega o que é compartilhado entre elas, a combinação mútua de ambos os lados (Malchut em Bina e Bina em Malchut). É assim que você cria a linha média.

Este é o princípio fundamental, e a mesma coisa acontece com a alma. A alma não existe a menos que nós a construamos. Mesmo que ela seja chamada de “um pedaço do Criador do Alto”, na verdade, esta peça não vem do Criador, a menos que eu a construa através da conexão entre nós. Este vaso espiritual (Kli) não existe. Nós o construimos sob a forma de uma rede de conexão entre nós.

A mesma coisa acontece com a linha do meio, porque ela é a alma. As linhas direita e esquerda, de doação e recepção, vêm até nós. Elas são as forças da natureza. Quando eu as combino da maneira correta, a linha do meio ou a alma é formada a partir delas.

Em nossas relações, nós lidamos com as forças de doação e recepção. Com base em nossa recepção nós construímos a forma de doação, e é assim que alcançamos a alma, através da criação de uma linha média entre nós. Não existe realidade além da que construímos entre nós. Tudo se revela ali, naquela realidade.

O Zohar traz a linha do meio até nós do Alto. Ao lê-lo, nós devemos tentar nos incluir nessa linha. Assim, nós nos sintonizamos com a mesma onda através da qual a Luz vem até nós e nos leva de volta à Fonte, o Criador.

Da 2a segunda parte da Lição Diária de Cabala 30/08/10, O Zohar

Examinando A Exatidão Do Caminho

Dr. Michael LaitmanÉ muito fácil determinar se o caminho é espiritual: tudo aquilo que nós concordamos não se relaciona com a espiritualidade! Especificamente as contradições que a nossa mente e os sentidos não aceitam, as quais são indesejáveis e repulsivas para nós, dizem respeito à espiritualidade. São elas, em particular, que devemos trabalhar.

Se eu sinto que determinado estado não me trará qualquer benefício em meus sentidos ou mente, elevando-me acima desse estado particular eu posso começar a construir a espiritualidade. Provavelmente, nesse estado será impossível “comprar” a mim, e eu não buscarei um lucro egoísta; ao contrário, eu precisarei da ajuda do Criador, a fim de elevar-me acima dele. Em outras palavras, eu me auto-analiso constantemente: quanto o meu corpo resiste ao meu trabalho. E para mim este é o sinal do meu correto progresso espiritual.

Mais adiante, eu preciso analisar para que estou fazendo isso. Talvez eu queira me superar e buscar alguns objetivos pessoais. Talvez eu queira encontrar o amor do Criador, que é repulsivo para o meu “corpo”, para a minha sensação e mente egoísta. Eu estou buscando o amor que é construído sobre o ódio, em relação aos pensamentos e desejos egoístas sobre si mesmo.

Muitas vezes, porém, nós não tentamos transcender nossos corpos e lamentamos que somos incapaz de trabalhar de acordo com nossa mente e sentimentos contidos no corpo. Em vez de buscarmos um estado que esteja além de nossas sensações e mente, nós queremos estar dentro dele.

Em primeiro lugar é preciso “derrubar” o corpo, junto com seus sentimentos e mente, estar acima deles, e não levá-los em conta. Isto é, eu os levo em consideração, mas apenas para elevar-me acima deles. Então, isso é chamado de fé acima da razão. Mas em vez disso, eu lamento: por que nem tudo é revelado dentro da minha razão, para que eu possa agir como uma pessoa sensível e saiba que tenho inteligência e força pessoal para avançar corretamente…

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabala 30/08/10 “Quando A Pessoa Sabe O Que É O Temor De Deus”

Alegrai-vos Com A Revelação Dos Ímpios

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, O Estudo das Dez Sefirot, Parte 7, Perguntas e Respostas, item 7: Os Achoraim de Nukva são NHY de Nukva, onde há o domínio principal das Klipot, visto que lhes falta a He’arat Hochma. Isto ocorre porque esta é adjacente às Klipot, à medida que termina a Ohr Atzilut, e a partir dela para baixo iniciam as Klipot, por meio de “Os seus pés descem à morte”.

Todas as telas anti-egoístas que acompanharam os desejos em sua descida do Mundo do Infinito até o nível de Malchut de Atzilut terminam em Nukva. As telas terminam, e os desejos egoístas “dominam” sobre Nukva, uma vez que através dela há uma chance de capturar a Luz.

A Nukva, com suas nove Sefirot menores, desce aos mundos de BYA (Beria, Yetzira, Assiya) e não tem força para resistir às forças impuras (Klipot). No entanto, ela permanece em “equilíbrio” particular com elas. Quando o Superior reside dentro das Klipot, e as Klipot são capazes de “agarrar” algo dele, pelo mesmo motivo, o Superior é capaz de “agarrar” a Klipa, para analisar esse desejo e corrigi-lo. É isso que acontece constantemente em Malchut de Atzilut com as almas quebradas. Na medida em que elas desejam “agarrar-se” à ela e atrair sua Luz, ela pode atrair e corrigi-las.

Sem o trabalho mútuo, quando cada um se esforça para atrair o lado oposto para si, não haveria qualquer discernimento e correção. Portanto, todo o nosso trabalho (como a Torá descreve) consiste de transgressões e as correções que ocorrem repetidamente. Todas estas variações para frente e para trás, da santidade à maldade e vice-versa, ocorrem entre Nukva e as almas quebrdas que devem descobrir seu estado quebrado.

Estas partes quebradas só são reveladas quando elas estão juntas com Nukva. Caso contrário, elas não perceberiam que estão quebradas. Como resultado de tal ação, o Criador (Zeir Anpin) é despertado, e assim diz a Torá, quando descreve como o Criador fala com Moisés e captura seu povo por outro pecado.

Desta forma, Nukva revela nas almas que o desejo delas é egoísta. Nukva levanta uma parte da alma que ela é capaz de incorporar em si mesma até Zeir Anpin. Zeir Anpin, o Criador, vem e grita: “O que fizeste?”. Esta é a reação correta aos desejos que em breve serão corrigidos.

Nós simplesmente não entendemos a Torá. Ela não fala sobre qualquer transgressão, mas apenas sobre como os desejos são revelados quando eles chegam à correção. No instante em que eles são revelados, nós “nos alegramos com revelação dos ímpios”, como o Baal HaSulam escreve. Nós nos regozijamos porque os “ímpios” que não são revelados não têm nenhuma chance de correção. E quem sabe quando isso acontecerá?

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabala 21/07/10, Talmud Eser Sefirot

A Raiz Espiritual De Toda A Humanidade

Dr. Michael LaitmanO trabalho que nós fazemos na nossa comunhão espiritual é muito semelhante ao efeito “Tamagochi” (brinquedo japonês que obriga a pessoa a cuidar de algo virtual e inexistente). O jogador torna-se tão consumido e fixado no brinquedo que, para ele, este se torna mais do que real! Ele simplesmente tem que parar tudo o que está fazendo e cuidar do brinquedo, “alimentá-lo”.

Curiosamente, o egoísmo não o impede de cuidar dele. Afinal, isso não é outra pessoa com a qual ele precisa competir; pelo contrário, é um objeto cuja existência é “fácil de cuidar”, embora imponha sutilmente sua vontade sobre a pessoa.

O mesmo acontece no nosso estimulador espiritual: por um lado, nós nos separamos das pessoas e criamos algo abstrato, onde eu despersonalizo todos, separando-os de seus corpos, aparência e personalidade. Mas deixo seus pontos no coração, suas aspirações pela união em prol da revelação da força comum de amor: o Criador.

Por outro lado, é o nosso desejo, o nosso anseio, que é extraído do corpo e tudo o que nos separa uns dos outros. Ao contrário, nós estamos unidos pelo nosso sonho comum, a nossa necessidade comum em atingir o objetivo e fazê-lo apenas em conjunto.

Este sistema já está se tornando uma comunidade mundial, supranacional e multilingue. Ela se tornará a raiz espiritual comum de toda a humanidade, porque a idéia é unir todos os povos do mundo. Primeiro, nós colocamos toda a nossa força na criação de um sistema de conexão, amor e doação entre nós. Depois, “a Arca leva aqueles que a carregam”: ele tomará a frente e começará a moldar-nos com a Luz Superior que se manifestará dentro dele, conforme criamos o vaso de doação.

Neste sistema, nós damos a oportunidade para a Força Superior da natureza que existe na união entre os povos de “entrar” em nós e manifestar-se entre nós. E ela começará a agir dentro de nós,  a cuidar de nós, e levar-nos adiante em direção ao propósito da criação.

Cabalistas Sobre Cabalistas, Parte 12

Dr. Michael LaitmanCaros Amigos, por favor, façam perguntas sobre estas passagens dos grandes Cabalistas. Eu prometo respondê-las. Comentários entre parênteses são meus.

Seguindo O Caminho dos Cabalistas

Isto significa que através da adesão aos sábios discípulos (anulando-se diante deles), é possível receber algum apoio. Em outras palavras, apenas um sábio discípulo (aquele que atinge o Criador com suas qualidades corrigidas) pode ajudá-lo, e nada mais. Mesmo que ele seja grande na Torá (habitual, e não na Cabala), ele ainda será chamado de “plebeu”, se não tiver sido recompensado com o ensinamento (na equivalência de forma na doação) da boca do Criador. Assim, o indívíduo deve anular-se diante de um sábio discípulo e aceitar o que este lhe estabelece (a orientação de como obter a qualidade de doação) sem argumentos (neutralizar seu ego em todos os aspectos), por meio da razão superior.
– Baal HaSulam, Shamati # 105, “Um Discípulo Bastardo Precede um Sumo Sacerdote Plebeu

Engrenagens Mentais: Você Pensa O Que Eu Penso!

Dr. Michael LaitmanNas notícias (do Wired.com): Experimentos conduzidos pelos neurologistas Greg Stephens e Uri Hasson da Universidade de Princeton, demonstraram que existe uma conexão entre a mente das pessoas que estão participando de uma conversa, e que a atividade cerebral do ouvinte copia processos que ocorrem no cérebro do orador. “As varreduras cerebrais do orador e do ouvinte mostraram atividades neurais sincronizadas quando se contavam histórias. Quanto mais forte a sua conexão relatada, mais próxima a união”.

Meu comentário: Esta é mais uma confirmação de que a conexão universal e absoluta entre todas as partes da criação existe. A conexão é tão forte que diferentes elementos da criação devem ser considerados como um todo, ao invés de partes desconectadas do sistema.