O Zohar, Capitulo “Lech Lecha (Vai-te por ti)”, Item 32: “E eu vos farei uma grande nação”…“E eu vos abençoarei”…Ao retirar da linha direita que não está misturada com a esquerda, ele foi recompensado com a iluminação da direita que está misturada com a esquerda…
Porque ele retirou da iluminação da esquerda que não está misturada com a direita, ele foi recompensado com a promessa implicada nas palavras, “E [eu farei] faço teu nome grande”, que é a iluminação da esquerda que se misturou com a Hassadim na direita.
…“E tu serás uma bênção”, que é a iluminação da linha do meio.
O avanço ao longo das três linhas é como caminhar com duas pernas: de um lado há a força de doação (a linha direita), e do outro a força de recepção (a linha esquerda). Um usa estas duas forças ou linhas para avançar, “pisando” sobre uma e então na outra. Contudo, a direcção que ele toma, que também determina quanto ele activa estas duas forças de direita e esquerda, é chamada a linha do meio.
Desta forma, a linha do meio não é certo tipo de terceira força. Não há terceira força! A linha do meio é a combinação correcta das linhas esquerda e direita. A combinação correcta garante o avanço, primeiro via o governo da qualidade de julgamento, e depois da misericórdia; primeiro o bem, e depois o mal. Uma desencadeia a revelação das forças do mal, que empurram o homem por trás. A outra revela as forças que atraem e acenam pela frente. O homem avança com a ajuda destas duas forças. Elas são como duas rédeas através das quais a pessoa controla e avança. Há uma ciência inteira de como as usar.
A sabedoria da Cabala é chamada a terceira linha, o “caminho dourado”. Ela é o método do uso correcto destas duas forças da natureza: a força da recepção e a força da doação, mais e menos. Todas as nossas ciências corpóreas também se resumem à capacidade de usar estas duas forças naturais: da energia atómica, que também contém “mais” e “menos”, às moléculas que se juntam e se dividem com base nas valências positivas e negativas. Tudo é compreendido por duas forças opostas.
Desta forma, o estudo correto reside em aprender como tomar estas duas bases naturais (a Luz e o desejo, o mais e o menos), juntá-las num todo singular, e reunir sistemas inteiros até o universo infinito que inclui tudo. Nós temos de aprender de modo que os “mecanismos” que construímos através desta unificação, tais como “motor”, “frigorífico”, “ar condicionado”, e assim por diante, trabalhem da melhor maneira e de forma ideal.
Essencialmente, toda sabedoria resume-se em extrair o máximo beneficio destas duas forças. E nós encontramos-nos no meio delas, na chamada “linha do meio”.
Da 2ª parte da Lição Diária de Cabala 16/07/10, O Zohar
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