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Tudo Retorna Ao Ponto De Perfeição

Uma prece coletiva que não permanece sem resposta é a prece “pela sociedade”, um pedido para juntar todas as almas que anseiam pelo Criador em uma única alma de Adão. Essa prece é imediatamente aceita pelo Criador (o sistema de Forças Superiores do Mundo Infinito, onde tudo é imutável e perfeito) porque aspira à perfeição.

Se as pessoas por todo o mundo sentissem a necessidade de conhecer a Força Superior e unir seus desejos, então elas não se sentiriam separadas por continentes porque elas estão, de fato, num “alcance” comum na espiritualidade. Elas existem em um plano espiritual sem sentir as distâncias geográficas do nosso mundo, mas sentindo a proximidade na espiritualidade. Elas não sabem e não podem explicar como isso acontece, mas suas aspirações por uma única meta as puxam e as une dentro de um campo espiritual comum.

Desse modo, elas todas entram em “Knesset Israel” (união daqueles que aspiram pelo Criador, a qualidade de doação). “Knesset” (assembleia, reunião) é o lugar onde nós todos nos unimos como um só homem, isto é, Malchut do Mundo de Atzilut. Semelhantemente, “Israel” (Yashar-El – direto ao Criador) significa as almas que aspiram à meta. Consequentemente, elas se tornam uma assembleia chamada Knesset Israel, a reunião das almas que desejam alcançar o Criador.

Elas se sentem como um todo conectado por um desejo, uma meta, e um propósito. Assim, há o retorno ao corpo da alma coletiva, como existia antes do rompimento dos Kelim (as vasilhas, os desejos) e o surgimento desse mundo imaginário e corrupto, percebido como nossa presente realidade.

Sobre O Propósito Da Criação, Parte 19

Queridos amigos, por favor façam perguntas sobre essas passagens do grandes Cabalistas. Eu prometo respondê-las. Os comentários entre parênteses são meus.

Por que o Criador se Ocultou do Homem?

Tudo está preparado de antemão (criado no seu estado perfeito) e cada alma já existe em sua plena luz, abundância e eternidade. Somente por causa da “vergonha” (para não sentir a humilhação por causa da recepção imerecida) a alma se desprende dela (o inicial estado criado de completa satisfação e eterno prazer) por meio de restrições (progressiva maior ocultação desse estado) até se vestir em um sujo (ocultando a recepção completamente) corpo (o desejo egoísta).

Somente (já especificamente) graças a isso, a alma retorna à sua fonte onde ela existia antes da restrição junto com a recompensa do horrível caminho que ela atravessou. De modo geral, a recompensa é a completa adesão. Em outras palavras, a alma se livra da “vergonha” (imerecida recepção) desde que suas vasilhas de recepção (desejos egoístas) se tornam vasilhas de doação (desejos altruístas), e se torna semelhante ao Criador em suas propriedades. (E assim está apta a sentir toda a Luz que inicialmente a preencheu).

Do Jardim Do Éden E De Volta a Ele

O Criador criou o desejo de receber da “existência desde a ausência” e o desenvolveu através de quatro fases de exposição à Luz Direta. Quando o desejo de receber chegou à última fase de desenvolvimento e se tornou tão grande quanto a Luz que o preenchia, a Luz passou todas as suas propriedades para o desejo de receber. Então, na última camada (Dalet de-Dalet, a 4ª parte de 4ª fase), a criatura se enxergou como receptora.

Isso despertou uma vergonha ardente na criatura, pois ela viu em que medida ela era oposta ao Criador, Aquele que Doa. Como resultado, ela se restringiu a si mesma e se recusou a receber. Essa sensação horrível de vergonha é chamada “o brilho de Malchut”. Ela é a escuridão que é impossível de se suportar, o “vácuo” onde nenhuma Luz pode brilhar. Nesse ponto, a 4ª parte da 4ª fase, a restrição (Tzimtzum) ocorreu. Todas as fases prévias podem adquirir a semelhança com a Luz pois elas não são completamente opostas a ela.

A pergunta é: o que fazer com essa 4ª parte? Ela não pode ser eliminada ou descartada porque ao fazer isso a criatura cessaria de existir. A criatura que não é “plugada” ao Criador e é oposta a Ele em suas propriedades não pode existir. A 4ª fase, o ponto de independência, deve ser preservado na criatura como seu fundamento. De fato, se não fosse pela vergonha, a criatura (o convidado) se tornaria completamente subordinada ao Criador (o Anfitrião) e faria o que o Criador quisesse dela tal como acontece nos níveis inanimado, vegetativo e animado da natureza, tal como um animal de estimação é leal ao seu dono.

Assim, quando é que a criatura se torna um “convidado”? Quando é que aquela pessoa sente a si mesma como estranha e oposta ao anfitrião? E quando é ela sente, como convidada, que o anfitrião está feliz e excitado de ter um convidado e que o anfitrião está constantemente perguntando o que mais pode oferecer para agradá-la? Quando é que o convidado ouve o anfitrião dizer: “Sirva-se! Tudo é seu!” e quando é que convidado responde: “Não meu, mas Seu!” O convidado não pode evitar, mas sente essa vergonha na fase “Dalet de-Dalet”; a criatura deve manter a sensação de vergonha para preservar-se como criatura.

Assim, se nós residimos no Jardim do Éden, isto é, em pura doação (Bina), ainda é o nível dos anjos e não aquele dos verdadeiros humanos. Até que sintamos esse impressionante vácuo que não pode ser preenchido, o homem não está pronto para sua missão. O vácuo não pode ser preenchido até que toda a vergonha seja revelada o que nos faz sentir a necessidade de nos cobrir com “roupas”, o que significa que precisamos de correção.

Então, para ajudar o “homem”, a “mulher” deriva dele e se desapega dele. Essa é sua “esposa” (Nukva) que é “feita da sua costela”. É ela que transmite esse vácuo para ele e juntos, eles (Zeir Anpin e Malchut, Adão e Eva) sentem a necessidade por “roupas” (A Luz Retornante, a intenção de doar). Eles sentem como o convidado em relação ao Anfitrião. Desse maneira eles podem alcançar a correção, isto é, eles agem somente para doar ao Anfitrião e mudar a vergonha em dignidade e honra.

Esse caminho é longo e complicado. Todos sabem a história de Adão e Eva, embora ninguém entenda o que ela oculta.

O Sistema do Futuro, Parte 3

Recebi uma pergunta: Existem sistemas na Internet onde a pessoa pode baixar a informação que precisa. Talvez esse seja o modo que nós deveríamos usar para atrair a atenção das pessoas para o método de correção?

Minha resposta: Digamos que uma pessoa visite nosso site e baixe a informação. E daí? Nós queremos que ela visite o site por causa da comunicação! Claro, nós podemos exibir uma certa quantidade de informação sobre a necessidade de se comunicar uns com os outros. Mas, então o que vai acontecer? Suponha que nós forneçamos a nossos usuários uma informação adicional sobre o que nós aprendemos nas aulas. E, depois?

Qual é o melhor meio de fornecer às pessoas informações sobre a Cabalá? Nós temos que as envolver no sistema e oferecer um exemplo, uma necessidade, e a possibilidade de comunicação. As pessoas veem que nosso jeito de resolver os problemas materiais é sempre através de conseguir a correta conexão entre nós. Nós temos que mostrar a nossos usuários que nós despertamos confiança, segurança, e amor em nossas vidas; elas precisam ver o modo como avançamos e encontramos novas propriedades dentro de nós mesmos que mais adiante permita à nossa percepção subir a uma nova dimensão, até o nível de sentir o Criador.