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Todo Mundo Pode Ascender Ao Nivel Mais Alto

Dr. Michael LaitmanEmbora todos nós tenhamos nascido com nossa raiz especial da alma em diferentes graus, e com um desejo diferente, cada pessoa pode adotar os desejos das outras, devido ao fato de haver uma inclusão mútua de almas.

Além disso, está escrito que todos nós podemos ascender ao grau de Moisés. Então, como isso é possível se eu nasci com uma pequena raiz da alma? Tudo depende da pessoa! Mesmo que a pessoa nasça com uma raiz não muito elevada, ainda pode unir-se com os desejos mais elevados, corrigi-los, e ascender ao mais nível alto.

É isso que se denomina que o Criador envia-lhe um condutor de burros (burro – Hamor, da palavra matéria – Homer), o qual é uma alma que ajuda a pessoa a unir-se com os desejos mais elevados, bem como corrigi-los. Assim, cada pessoa pode ascender ao grau dos Patriarcas: Abraão, Isaac e Jacó, as maiores almas, bem como ao grau de Moisés, o maior de todos os profetas.

Portanto, quando a pessoa nasce (dá a luz a si mesma!) no mundo espiritual, ela pode receber os desejos de todas as outras, e ao usar esse desejo, ela pode se tornar tão importante quanto a alma mais elevada. Neste contexto, as almas não interferem umas com as outras. Todas elas sobem ao nível máximo de correção: a completa Luz de NRNHY.

O Princípio Da Igualdade Superior

Dr. Michael LaitmanAlgumas almas têm mais necessidade de correção e outras precisam de menos correção. No entanto, quando elas retornam à raiz de sua alma, cada uma alcança a perfeição. Existem almas que pertencem aos principais sistemas de Adam HaRishon relacionados ao cérebro, o coração, o fígado e os rins, como órgãos vitais da alma comum.

Contudo, por outro lado, na perfeição, uma célula da unha do pé é tão importante quanto uma célula do cérebro. Somente em nosso mundo material a pessoa pode viver sem um braço, uma perna, ou algum órgão. O mundo espiritual é perfeito; portanto, cada parte é tão importante como todas as outras.

Se alguém não completar a sua correção pelo mesmo 1%, não haverá perfeição geral. Mesmo que todas as outras já estejam corrigidas, por causa da sua correção incompleta (<100%) a correção final não ocorrerá. É difícil entender este princípio espiritual: todos são igualmente importantes, mas cada um varia de acordo com as raízes de suas almas.

Entretanto, quando voltamos ao Mundo do Infinito, ninguém vai sentir qualquer diferenciação dos demais. Se a pessoa realiza tudo o que lhe foi obrigado de acordo com suas qualidades, então ela realizou-se completamente.

Portanto, embora a maioria das almas pertença ao nível de Nefesh, uma quantidade menor pertence ao nível de Ruach, outra quantidade menor ao nível de Neshama, e apenas algumas ao grau completo NRNHY, apesar da Luz comum brilhar para todas! A Luz do Infinito completa preenche a todos na alma comum corrígida.

Nós não podemos entender isso no nosso mundo com nossas qualidades não corrigidas porque nós existimos em uma tamanha falta de perfeição que não podemos sequer imaginar o estado corrigido da alma.

A Alma Coletiva: Ela É Toda Eu Ou Eu Sou Parte Dela?

Dr. Michael LaitmanEnquanto está se corrigindo, cada alma melhora a condição da alma coletiva, e ao fazê-lo, ela ajuda as demais a se corrigir; elas, por sua vez, também contribuem com suas correcções para a alma comum. Em primeiro lugar, todo mundo deve perceber a raiz da sua alma, ao levar seu gene espiritual (Reshimo) para sua correcção final e individual (Gmar Tikkun Prati). O nosso estado individualmente corrigido é o nosso vínculo total na alma coletiva de Adam HaRishon.

Portanto, o que é a alma comum de Adam HaRishon comum, afinal? Ela é tudo eu, ou eu sou uma parte dela? A alma comum é o meu todo, e todas as outras já são perfeitas. É delas que eu atraio o desejo que tenho que satisfazer. Eu sou como um pequeno órgão no corpo, que tem que fornecer a todo o corpo, em todas as suas partes, a minha participação e o meu trabalho. Assim, todo o corpo é revelado em relação a mim, mas apenas na medida em que eu o satisfaça.

Suponha que eu esteja relacionado ao sistema linfático, nervoso ou vascular; eu estou revelando apenas as partes que estão relacionadas a este sistema. Desta forma, eu revelo todo o sistema de Adam HaRishon em relação a mim. Eu adiciono este enorme desejo da alma comum a eu mesmo. Em relação aos outros, eu me torno como uma mãe, ZAT de Bina, ou em outras palavras, como “a vaca que deseja alimentar seus bezerros”. De fato, eu devo satisfazê-los com os frutos do meu trabalho.

Então, eu começo a atrair todos os seus desejos dentro de mim. Estes desejos não satisfeitos têm espaços vazios que exigem o meu complemento. Eles estão incompletos porque eu não completei o meu trabalho. Quando eu o faço, eu começo a sentir todo o sistema de Adam HaRishon.

Na verdade, este é o meu vaso espiritual ou o meu desejo. Ele parece estar localizado nos outros, mas é meu. Acontece que eu estou trabalhando como o Criador que pretende preencher as criaturas. Eu ajo como doação em relação a este desejo estranho, e para mim eles são aqueles que os recebem. Então, eu me uno com eles e os trato com amor, como o Criador trata toda alma coletiva.

Entretanto, eu me conecto apenas com a parte da alma que está relacionada comigo ou com sistema estou satisfazendo. Desta forma, eu atinjo o estado em que me sinto como o Adam HaRishon pleno e, através dele, eu descubro o Criador pleno. Como eu me identifico com o sistema coletivo de Adam HaRishon, com o qual sou capaz de unir-me, e como eu contribuo com meu trabalho para cada parte, eu me uno com todas essas partes na forma corrigida.

Na verdade, todo mundo está corrigido, menos eu. Acontece que eu revelo Adam HaRishon naquilo que ele é, e eu adquiro a vida dessa alma comum que é a Malchut do Mundo do Infinito. Esta é a maneira pela qual cada pessoa deve realizar-se. Elas devem corrigir sua atitude individual, seu egoísmo pessoal, e absorver os desejos de todas as outras, sentir que estes são seus, satisfazendo-os e, através deles, atingir todo o sistema de Adam HaRishon. Nesse sentido, elas descobrem o Criador pleno.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 02/06/10, Artigo “Qual Nível A Pessoa Deve Alcançar?”

O Trabalho De Esclarecer Nossos Desejos

Dr. Michael LaitmanUma questão que eu recebi:  Como a pessoa pode examinar o quanto ela está avançando de uma lição para outra?

Minha Resposta: Eu devo trabalhar ativamente fazendo esclarecimentos sobre o meu avanço, pois de fato o avanço depende destas análises internas. O que eu quero? Isso é para o meu próprio benefício ou para doação? Eu tenho conexão com amigos nesse aspecto? Eu preciso deles ou não? Eu trabalho com um desejo egoísta ou com uma intenção de doar, do lado do Criador ou da criatura, acima do meu egoísmo ou dentro dele? Todo o avanço é baseado nesta auto-análise.

É possível que depois de uma boa lição, estes esclarecimentos revelem o meu estado ruim, mas eles serão mais precisos, e isso significa que eu estou avançando! Cada estado deverá me dar um resultado simples: Eu retornarei à próxima aula com um desejo mais esclarecido. É irrelevante se eu tenho ou não um desejo, porque ele é dado de Cima. Portanto, será que este desejo torna-se mais definido?

Possívelmente, esta análise me levará para um beco sem saída, onde tudo torna-se confuso ou nebuloso. Mas isso também indica grande objetividade e clareza. A Luz que chega até eu durante a lição me fornece definições; se elas são negativas ou positivas isso é irrelevante. Estas definições me permitem desempenhar uma análise mais precisa e refinada a fim de avaliar a mim, o meu estado, em relação ao Criador ou a meta – em todas as direções.

Desta maneira, a Luz afeta o desejo: quando ela o ilumina, eu vejo dentro dele. Mesmo que eu pare de discernir qualquer coisa, e de repente eu me torno completamente confuso e nebuloso, isso também é chamado de ver “mais”. Estas situações também oferecem graus de entendimento.

Da 1ª parte da Lição Diária De Cabalá de 02/06/10, O Zohar

A Medicina Mais Poderosa: Gotas De Sorte

Dr. Michael LaitmanO Baal HaSulam explica que o estudo da Torá (Cabala) difere de todas as outras atividades no mundo. Nenhuma qualidade especial deste mundo pode ajudar a pessoa a estudar a Torá, seja ela a inteligência, a sabedoria, a criatividade, uma mente afiada, a erudição ou o conhecimento. Apenas a Luz, agindo sobre a pessoa, pode ajudá-la a avançar. Este avanço está na correção e não no acúmulo de conhecimento.

Portanto, o estudo da Torá pode ser comparado a um procedimento médico que nós nos submetemos. Nossa chegada à lição de Cabala é semelhante a uma pessoa que vai ao médico para um tratamento. Se a pessoa deseja esse tratamento e prepara-se a cada vez, esperando que ele a  torne melhor, depois de muitos procedimentos (muitas lições de Cabala), ocorre a correção.

Assim, nós também precisamos verificar e determinar se abordarmos os estudos com a intenção correta. Nossa intenção é particularmente importante ao estudar O Livro do Zohar,  uma vez que este é o meio mais poderoso e eficaz para se trabalhar contra a nossa natureza. Também é necessário verificar e avaliar a nós mesmos depois da aula, após esse “procedimento médico”. “Eu avancei de alguma forma em direção à meta (ao amor e a doação), em direção ao desejo de me unir com o grupo? Eu sinto mais a grandeza da meta?”. Se assim for, eu sinto a importância da meta, a importância da espiritualidade e do Criador com maior intensidade, e isso me dá energia e vontade para avançar.

O quanto nós entendemos O Livro do Zohar é irrelevante. Não importa se a pessoa não conhece a língua original do Zohar ou se tudo que ele nos fala parece muito distante e desconhecido. Até mesmo as pessoas que têm estudado a Torá na sua interpretação simples durante toda a sua vida, também não sabem o que está escrito no Livro do Zohar. Elas são ainda mais confusas do que aqueles que nunca estudaram a Torá.

Portanto, nós devemos abrir os nossos corações (e não os nossos ouvidos e mentes) para receber o medicamento. É necessário que o nosso coração egoísta possa ser transformado em um coração altruísta, sob a influência da “qualidade maravilhosa” (Segula) contida no Livro do Zohar. Nós devemos aceitar cada palavra que lemos no Zohar como uma infusão gota a gota. Na verdade, a Luz chega até nós gota a gota, e portanto, estas são chamadas de “gotas de sorte (fortuna)” (“Mazalot“, da palavra “Nozel” – gota). Por esta razão, nós devemos esperar pacientemente que este medicamento nos influencie, gota a gota, até que alcancemos o “sucesso completo”.

Da primeira parte da Lição Diária de Cabala 02/06/10, O Zohar