Sentindo O “Sopro” Da Luz

Laitman_043Nós podemos exigir da Luz todas as correcções e satisfações necessárias. Tudo o que podemos possivelmente imaginar já existe na Luz, uma vez que ela é a fonte que nos criou.

Quando nós atraímos a Luz via nossas acções (estudo, trabalho em grupo, disseminação da Cabalá), a Luz começa a trabalhar sobre nós, e passado algum tempo nós começamos a sentir como se enfrentássemos algo desconhecido. Isso significa que a Luz se está a aproximar de nós; embora não a vejamos ainda, nós sentimos seu “sopro” (Ruach) sobre nós. Então, nós começamos a tomar certas acções, com medo de perdermos a sensação desta Luz.

Com medo de que a Luz desapareça, nós começamos a construir um relacionamento com ela. É um relacionamento de doação, pois a Luz deixa-nos saber que se nós não queremos perdê-la, nós devemos doar. Nós começamos a verificar-nos constantemente a nós mesmos, esforçando-nos em manter a intenção e qualidades que nos deixam sair de nosso ego. Desta forma, nós sentimos a presença da Luz, seja à volta ou dentro de nós.

É assim que a pessoa começa a construir uma “sombra” sobre seu desejo inato e natural de receber prazer. A Luz conduz um exercício sobre nós ao nos dizer aparentemente: “Queres tu sentir-me? Então isto é o que tu tens de fazer. Caso contrário eu irei desaparecer de ti…” Gradualmente este jogo ensina a pessoa a permanecer “na sombra” até que ela se tornar sua segunda natureza.

Depois de adquirir uma segunda natureza, a pessoa já quer ficar “na sombra”; ela sente que ela é um estado especial, uma ascensão sobre seus cálculos individuais. Assim, a pessoa vai de “Lo Lishma” à “Lishma”. Ele vê que este estado transpira eternidade e perfeição, isto é, que ele é bom para ela. Ela começa a valorizar o estado em si mesmo, a própria qualidade de amor e doação aos outros.

Tudo isto é feito a nós pela Luz via este jogo, quando ela se aproxima e se afasta, lançando uma sombra do lado da Luz, e então do lado da pessoa. Primeiro a pessoa oculta seu desejo egoísta, e depois a Luz oculta-se a si mesma, alternando-se. É assim que a pessoa constrói gradualmente sua tela anti-egoísta (Masach).

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 16/04/10, Shamati #39