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Botão de Oxigênio

Dr. Michael LaitmanUma pergunta que recebi: Se a pessoa é mais elevada que seu ambiente, pode ela influência-lo e corrigí-lo?

Minha Resposta: A pessoa não pode elevar-se acima de seu ambiente. Ela depende totalmente dele. Mesmo se este ambiente consistir de pessoas simples e ela for um grande Cabalista, estas pessoas irão, todavia, influenciá-la.

Imagine que você pegue uma magnifica árvore frutífera, arranque-a do solo, e plante-a no centro do deserto. Que lhe irá acontecer? Ela transformará o deserto num jardim florido? Similar à dependência da árvore ao seu ambiente, a nossa alma depende do nosso ambiente.

O objetivo da criação, o grupo, o nosso trabalho pessoal, e o Criador estão posicionados dentro de um ponto. Imagine que toda a sua vida dependa deste ponto único que você tem de esclarecer. Ele determina a sua vida e morte em cada momento. Para fazer uma analogia, digamos que você não consiga respirar a menos que pressione um botão de oxigênio. Se você não o fizer (conectar- se com os outros), o oxigénio não lhe é fornecido.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 18/04/10, Artigo “A Liberdade”

O Solo Para a Semente da Vida

Dr. Michael LaitmanSe nós colocamos a nossa “semente” num bom ambiente, ela desenvolve-se. Se nós a colocarmos num “solo ruim” (ambiente), até mesmo a melhor semente irá secar. Tudo depende somente do ambiente. Isto significa que nós precisamos de pessoas à nossa volta que revelem o mal do egoísmo dentro de nós mesmos e queiram corrigi-lo.

Eu devo me inserir em tal ambiente e aspirar absorver dele tudo que for possível: humidade, minerais, e calor ou, por outras palavras, tudo que esse solo pode fornecer a uma semente.

Como o Baal HaSulam escreve no artigo “A Liberdade”, no momento de sua morte a pessoa não pode levar nada com ela deste mundo, excepto o atributo de doação que ela alcançou. Ela só pode alcançar a doação neste mundo, porque neste mundo ela pode sentir-se a si mesma. Está escrito: “Veja seu mundo durante sua vida”. Contudo, se você não alcançou nada, você permanece apenas como uma semente que será colocada novamente no solo, e assim terá outra chance.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabala 18/04/10, Artigo “A Liberdade”

Abrindo A Porta Para A Independência

Dr. Michael LaitmanUma pergunta que recebi: Por que Aba ve Ima foram tão cegos ao não notar o “coração de pedra” no mundo de Nekudim, e, consequentemente, terem realizado uma ação que resultou na quebra dos vasos? Por que, a princípio, isso não foi esclarecido?

Minha resposta: O esclarecimento só é possível quando a pessoa o exige. Se ela não sentir uma necessidade por isso, o que deve ser esclarecido? O esclarecimento segue a quebra dos Kelim, quando todos eles se misturam, quando nos encontramos diante de fragmentos de desejos, e não sabemos como ordená-los.

Então, a Luz Superior desce e ilumina o que é o que: que desejos pertencem à linha direita, quais à linha esquerda, que desejos estão em cima ou em baixo, e assim por diante. Os desejos são designados Sefirot de acordo com as telas que perderam, as Luzes que partiram deles, e com a Aviut que permaneceu neles.

Tudo estava preparado para esta ação em prol da doação; no entanto, o que iria acontecer não era conhecido de antemão. Isso ocorre porque a qualidade de Malchut de Malchut, que recusa a doação, nunca havia sido revelada antes da criação.

Malchut de Malchut revela-se neste ponto, pois encontra GAR da Luz de Hochma (uma Luz enorme do Fim da Correção). Os desejos, que foram “construídos a partir do nada” (Yesh mi Ayin) e constituem o núcleo mais íntimo da criação, não foram revelados até esse momento, porque a Luz Superior sempre governou sobre eles.

“A quebra dos vasos” significa que a Luz Superior deixa de controlar os desejos. Como exemplo, imagine que você está constantemente sob a minha influência e controle; eu domino você e lhe digo como agir em prol da doação. De repente, é claro para você que eu já não controlo uma certa qualidade sua. Em outras palavras, você descobriu um ponto de independência de mim dentro de você. Assim, você revelou algo que não depende e não se refere a mim.

Você não é um escravo; o Superior não tem total poder sobre você. Ele não pode controlar o seu coração de pedra, obrigando o seu desejo de agir em prol da doação. É o início do seu ponto de independência. É por isso que a quebra não é uma coisa ruim; ela abre a porta para a correção e ascensão da humanidade.

Da segunda parte da Lição Diária de Cabalá 18/04/10, Beit Shaar HaKavanot

A Canção da Ascensão

No Zohar, o capítulo “Shemot (Êxodo),” Item 333: Os ministros inferiores são chamados de “levitas”, porque eles acompanham e participam “lá de cima” como um [Livui significa acompanhamento], e porque aquele que escutar o canto se une e se sua alma adere ao superior, o Criador.

A música é a revelação da Luz de Hochma na Luz Hassadim, a maior revelação que existe. “A Música Das Músicas ” é o pico de adesão, ligação e união entre a criatura e o Criador. Salmos são as canções que o Rei Davi (Malchut) revelou na linha média, pois elas são as revelações da Luz de Hochma na Luz Hassadim.

Às vezes parece que o rei Davi chora; sem saber o que fazer, e se esconde dos inimigos , ainda na escuridão, ele revela Hassadim, a misericórdia do Criador. Assim, é uma canção. [Leia mais →]

Um Vaso Espiritual Real

Uma questão que eu recebi: O que é o verdadeiro receptor espiritual (Kli)?

Minha Resposta: O Kli verdadeiro é um desejo que está pronto para a correção. Minha tarefa é totalmente discernir qual a parte do meu desejo que eu posso corrigir em prol da doação, e a parte que eu não posso corrigir e devo apenas restringir.

Suponhamos que me seja dado um desejo e eu percebo que eu possa corrigir 20% do mesmo para doação, e que eu tenho que restringir os outros 80% dele, fazendo Sof fora dele, o que significa o fim do Partzuf. Isso significa que eu corrigi todo esse desejo. Ambos tipos de desejos estão sempre presentes, e eu tenho que entender o que fazer com eles. [Leia mais →]

Veja Seu Mundo Nesta Vida

Tudo consiste em apenas dois componentes – o desejo e realização. Na Cabalá, a realização é chamada Luz. É tudo ao redor e dentro de nós, ilimitado no espaço. Estamos nela como em um oceano. Todas as mudanças na forma como percebemos a nós mesmos e nosso meio ambiente depende da mudança do nosso desejo. O nosso desejo, por sua vez, quer mudanças sob a influência da Luz ou sob a influência de nossos esforços. O desejo é chamado de um vaso e o cumprimento é chamado Luz. A Luz é constante, e a única coisa que muda é o desejo ou kli, a sua alteração muda a Luz constante que se percebe.

Cabalá nos ensina a mudar a nossa vontade para que nós sintamos um mundo espiritual adicional dentro de nós. Este é o significado do versículo: “Você vai ver o mundo nesta vida.” Isto acontece quando uma pessoa cria um desejo mais interior. Dentro dela, ela sente o Mundo Superior e, em seguida, mesmo quando o desejo que ela sente neste mundo desaparece, ela não influencia seu desejo e sensação no Mundo Superior. [Leia mais →]

A Análise Do Egoísmo Próprio

Inicialmente, no mundo de Nekudim, Malchut conecta com Bina, criando um pequeno estado (Katnut). Então Bina conecta a Malchut dando-lhe força de Malchut que parece atingir o estado maior (Gadlut). Essa ação é realizada pela ABA ve Ima do mundo da Nekudim. No entanto, há um desejo em Malchut chamado “Malchut de-Malchut”, que é incapaz de incluir as qualidades de Bina, por si só e simplesmente continua Malchut. Portanto, esta é a razão para a quebra e, em cada partícula e desejo há uma parte desse desejo chamado de “o coração de pedra” (Dalet de-Dalet), que é incapaz de se misturar com Bina.

O levantamento da segunda restrição (Tzimtzum Bet) leva à revelação dos desejos que são incapazes de aceitar Bina (doação). No entanto, é impossível saber de antemão que Malchut inclui os desejos que serão sempre egoístas, uma vez que só pode serem revelados pela quebra! [Leia mais →]

Seiscentas Mil Luzes Entre Nós

Tudo o que lemos no Zohar é revelado na ligação entre nós. O Zohar fala sobre a ligação entre as almas ao invés de sobre a alma por si. A alma, por si só é um desejo, não há mais nada para ela.

A singularidade de uma alma está em sua capacidade de obter uma tela e atrair a Luz refletida, e com a ajuda de ambas se ligar com outras almas. A Luz  (o Criador) surge no seu desejo mútuo de unir-se além do egoísmo. É por isso que nós tentamos imaginar que temos uma tela (contra o nosso egoísmo) e da luz refletida (a nossa aspiração para conectar-se em um todo.) Juntamos as nossas aspirações (Moisés, em cada um de nós) sobre o Monte Sinai (hatred/ódio.)

Cada um dos nós é um pequeno vaso espiritual (kli), um desejo egoísta que com a ajuda da tela e a luz refletida funciona como uma entidade dadivosa. Isso permite que todas as almas separadas se unam em uma só alma.

Desejo egoísta é a nossa natureza. Quando nós criamos uma tela acima, e atraímos a luz refletida, ela se torna uma alma, um desejo que é semelhante ao do Criador.

O Criador é então revelado dentro de nossa mútua luz refletida. A luz refletida de cada kli é a Luz do Hassadim. Dentro do campo compartilhado da Luz de Hassadim a Luz de Hochma revela.

Se nossa mútua Luz Refletida atinge um certo nível de poder chamado de “seiscentos mil,” o Criador (a Torá, a Luz Superior a Luz da Sabedoria – Hochma )se  revela Nele.

Da 1a. parte da Lição Diária de 20/04/10, O Zohar

Material Relacionado:
O Zohar Espalha Luz Sobre a Conexão Entre as Almas
O Que O Zohar Nos Ensina

Quando o Exílio Chega A Sua Conclusão

No Zohar, o capítulo “Shemot (Êxodo),” Item 340: “E sucedeu que, no decurso de muitos dias.” Este foi o fim de seu exílio, quando Israel foi escravizada em qualquer trabalho. “Em muitos dias”, que significa muitos dias de estadia de Israel no Egito, quando o fim chegou. E quando seu exílio chegou à sua conclusão, está escrito: “O rei do Egito morreu”, significando que o ministro do Egito, foi derrubado e caiu de seu orgulho. É por isso que está escrito sobre ele, “O rei do Egito morreu”, já que a descida foi a morte para ele. E desde que o rei do Egito – o ministro – caiu, o Criador de Israel lembrou-se e ouviu a sua oração.

Temos que alcançar um estado em que o todo o Malchut do Egito, o que significa este mundo, todos os seus objetivos, toda a nossa vida e realizações, perdem o seu significado nos  nossos olhos. Vamos nos sentir inúteis, infelizes, e transitórios. Nós nos perguntamos: “O que eu recebo de tudo isso?” Este mundo será desprovido de qualquer importância para nós.

Isso é chamado de “O rei do Egito morreu.” Começamos a nos perguntar: “Por que eu preciso de tudo o que eu tenho neste mundo?! Para quê? O que eu ganho com isso? “Esta situação marca o começo da saída do Egito”. [Leia mais →]

A Vida É Fusão Com O Criador

A ciência da Cabalá define a vida e a morte só no que diz respeito à fusão com o Criador. Um estado semelhante ao Criador é chamado de vida, enquanto aquele que está oposto a ele é a morte. Portanto, os desejos egoístas (Klipot) são considerados mortos, ao passo que o veneno da “morte” refere-se a força que separa a criatura do Criador.

A morte não é uma perda de existência, como observamos o desaparecimento de uma forma no mundo (em nosso nível). Tudo que é criado (desejo) apenas muda em relação à aproximação ou afastamento do Criador em sua intenção de doar; em relação ao resto (no seu desejo), a criatura permanece a mesma. Então o distanciamento do Criador, a perda do estado de adesão com Ele, é chamado de “morte”, enquanto a adesão com Ele, a aquisição da qualidade de doação, é chamado de “vida”. [Leia mais →]