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Nós Só Disseminamos A Cabalá, A Luz Superior Faz O Resto

Laitman_107Uma pergunta que recebi: Atualmente, um grande número de pessoas ao redor do mundo está se unindo aos nossos estudos de Cabalá, novos grupos estão surgindo em diferentes cidades como cogumelos depois da chuva. Como devemos cuidar deles?

Minha resposta: Nós só temos que dar-lhes o exemplo e cresceremos juntos com eles. Eu não antecipo nenhuma dificuldade com isso. É impossível parar a vida. Nós já vimos uma árvore avançar numa rocha. Nada pode pará-la; ela encontrará seu caminho para a luz e crescerá.

O mesmo se aplica à nossa situação. Se o desejo da pessoa receber um pouco de Luz das fontes Cabalísticas autênticas, ela avançará e começará a crescer. As pessoas descobrirão centros de ensino e grupos de estudo; elas tomarão o nosso exemplo e evoluirão.

Nós só temos que disseminar o conhecimento Cabalístico o mais amplamente possível. As formas posteriores do seu desenvolvimento não são determinadas por nós. Este é um desenvolvimento livre. A nossa única tarefa é seguir os princípios Cabalísticos do desenvolvimento de uma pessoa e da construção de um grupo. Nós apenas disseminamos o material; a Luz Superior faz o resto.

Nós criamos a conexão com a Luz Superior dando livros às pessoas. Estes livros transmitem a Luz que Corrige e as pessoas começam a crescer. Isso acontecerá em todo o mundo. Esperemos que este seja um crescimento ascendente e exponencial.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 14/04/10, Artigo “Exílio e Reddenção”

Através dos Contornos da Escuridão Toma Forma a Redenção

Laitman_160Quando nós começamos a estudar Cabalá, frequentemente nos sentimos tão inspirados e elevados que ardemos de desejo e estamos prontos para andar à volta dos mundos. Todavia por vezes caímos em completo entorpecimento e não conseguimos compreender nada; o mundo torna-se imerso em escuridão para nós. Por outras palavras, nós sentimos vida interior quando temos um contacto com a Luz, e assim que nos desconectamos da Luz e ela pára de brilhar sobre nós, nós sentimo-nos mortos.

Então a nova fase chega. Através de nossas acções (estudando, disseminando Cabalá, e criando conexão com amigos), forma-se um sistema que brilha para nós até quando estamos a atravessar estados que não são muito bons, quando nós não atraímos a Luz sobre nós mesmos. Este sistema é similar a uma pessoa que está rodeada pelos outros que a podem ajudar sempre que ela precisa.

Tal estado não é mais um “mandamento” que brilha no momento em que é executado; ele é chamado a “Torá” que sempre brilha para nós (esqueça sobre o entendimento convencional de “mandamento” e “Torá”!). Mesmo se nós não nos sentimos assim tão bem e estamos confusos, nós temos apoio externo. Ele ajuda-nos a olhar para nós mesmos de lado e aperceber-nos que não é assim tão mau; ele aconteceu e passou. A Torá (a Luz Circundante do grupo ou do ambiente) protege-nos até quando nós não a estudamos, quando nós não estamos próximos à Luz.

Quando nos aproximamos da Machsom, nós sentimos uma ocultação maior: a total escuridão Egipcia. Contudo, nós também temos o apoio do ambiente, que salvaguarda nosso desvio do caminho espiritual para um estado puramente animal. Nós compreendemos que tipo de escuridão é esta; nós sentimos-a e sabemos quando ela está a chegar a nós e porquê. Nós estamos conscientes do que precisamos de fazer, e como aderir ao Criador.

Desta escuridão nós recebemos a ordem do Criador para fazermos sinais da nossa união, “Mezuzahs nas portas”, para prepararmos os recipientes (vasos) para sairmos do Egipto, e fugirmos exactamente à meia noite. Esta conexao com a Força Superior é chamada de “Torá”, a Luz que vem até nós, mesmo se atualmentemente formos incapazes de um “mandamento”, de uma coonexão pessoal com o Criador, que é chamado de “dia”. É assim que nós avançamos.

A ocultação não mais nos desconecta completamente, quando não compreendemos ou sentimos nada, como por vezes acontece com os principiantes. Agora a ocultação desenvolve formas especiais; nós começamos a distinguir várias sombras e qualidades nelas, e compreendemos como trabalhar com elas.

Quanto mais avançamos, mais nós revelamos as formas de escuridão destas cavidades vazias. Elas clarificam para nós a forma da salvação – no outro lado da Machsom.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 16/04/10, Shamati #39

Sentindo O “Sopro” Da Luz

Laitman_043Nós podemos exigir da Luz todas as correcções e satisfações necessárias. Tudo o que podemos possivelmente imaginar já existe na Luz, uma vez que ela é a fonte que nos criou.

Quando nós atraímos a Luz via nossas acções (estudo, trabalho em grupo, disseminação da Cabalá), a Luz começa a trabalhar sobre nós, e passado algum tempo nós começamos a sentir como se enfrentássemos algo desconhecido. Isso significa que a Luz se está a aproximar de nós; embora não a vejamos ainda, nós sentimos seu “sopro” (Ruach) sobre nós. Então, nós começamos a tomar certas acções, com medo de perdermos a sensação desta Luz.

Com medo de que a Luz desapareça, nós começamos a construir um relacionamento com ela. É um relacionamento de doação, pois a Luz deixa-nos saber que se nós não queremos perdê-la, nós devemos doar. Nós começamos a verificar-nos constantemente a nós mesmos, esforçando-nos em manter a intenção e qualidades que nos deixam sair de nosso ego. Desta forma, nós sentimos a presença da Luz, seja à volta ou dentro de nós.

É assim que a pessoa começa a construir uma “sombra” sobre seu desejo inato e natural de receber prazer. A Luz conduz um exercício sobre nós ao nos dizer aparentemente: “Queres tu sentir-me? Então isto é o que tu tens de fazer. Caso contrário eu irei desaparecer de ti…” Gradualmente este jogo ensina a pessoa a permanecer “na sombra” até que ela se tornar sua segunda natureza.

Depois de adquirir uma segunda natureza, a pessoa já quer ficar “na sombra”; ela sente que ela é um estado especial, uma ascensão sobre seus cálculos individuais. Assim, a pessoa vai de “Lo Lishma” à “Lishma”. Ele vê que este estado transpira eternidade e perfeição, isto é, que ele é bom para ela. Ela começa a valorizar o estado em si mesmo, a própria qualidade de amor e doação aos outros.

Tudo isto é feito a nós pela Luz via este jogo, quando ela se aproxima e se afasta, lançando uma sombra do lado da Luz, e então do lado da pessoa. Primeiro a pessoa oculta seu desejo egoísta, e depois a Luz oculta-se a si mesma, alternando-se. É assim que a pessoa constrói gradualmente sua tela anti-egoísta (Masach).

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 16/04/10, Shamati #39

A Gematria Dentro de Mim

Laitman_405Uma pergunta que recebi: Eu estudei a Torá, falo cinco línguas, escuto suas lições, e tornei-me mais ou menos familiarizado com a terminologia Cabalística. Habitualmente, quando a pessoa estuda uma língua e aprende as palavras, ler algo nessa língua é suficiente para a compreender. Todavia quando a lição é sobre  O Estudo das Dez Sefirot, eu leio o texto e não compreendo uma única coisa, embora eu conheça todos os termos. Podia bem ser Chinês para mim. O que se está a passar?

Minha Resposta: Você precisa de continuar a aprender esta linguagem. A palavra “linguagem” origina-se da noção de uma “balança” com um indicador de medida localizado directamente no meio. À medida que você continua a alcançar conceitos espirituais, sua linguagem irá continuar a tomar forma, entre o bem e o mal.

Quando nós construímos a linha do meio dentro de nós, nós começamos a compreender e sentir as diferentes gradações de qualidades. Até que alcancemos uma sensação da espiritualidade, nós nunca retemos nada do estudo, não importa quão longamente nos mantemos nele. É tão inútil como repetidamente explicar o sabor de um prato a uma pessoa que nunca o provou.

Toda e cada uma das nossas percepções é um sabor. A partir da Luz que entrou no desejo (Toch Kli) com a intenção de doação, os Cabalistas “provaram” (Taamim) cada conceito existente em O Estudo das Dez Sefirot, de acordo com a lei da equivalência de forma.

A Primeira Restrição está a trabalhar, prevenindo-nos de receber a Luz, uma vez que não temos qualquer similaridade com ela. Sem a tela (a intenção de doar) nós não podemos sentir a Luz. Desta forma, enquanto nos falta a tela, é impossível compreendermos o texto, pois tudo é alcançado via sensação. Daí estar escrito: “Prova e vê que o Criador é bom” (Salmo 34:8). Nós temos de O “provar”, e esta realização ocorre no interior.

É por isto que esse é um problema genuíno. Não importa quanto tempo nós estudamos aqui, esta linguagem escapa-nos, invariavelmente. Por outro lado, ela prepara-nos para começar a senti-la. Subsequentemente, estas sensações começam a aparecer dentro de nós e nós começamos a compreender o texto. Eventualmente nós não precisamos mais de estudar, e subitamente conhecemos os nomes de tudo mesmo sem ler sobre isso nos livros. Nós saberemos o nome de um fenómeno espiritual simplesmente ao senti-lo. Como, quem nos ensinará isto? Ninguém.

À medida que a Luz veste nossos desejos, ela transfere sua impressão a eles em quatro fases: Taamim (sabores), Nekudot (vogais, pontos acompanhando as letras), Tagin (coroas acima das letras), e Otiot (letras), construindo uma Gematria dentro de nós (o valor numérico das palavras).

Então, esta Gematria torna-se uma palavra. Nós “lemos” e subitamente nos apercebemos que um desejo é chamado “árvore,” outro desejo é chamado “sol,” e assim por diante. Além do mais, nós chegamos a conhecer isto como facto, independentemente de onde vivemos no mundo ou se falamos ou não a língua. Logo, nós começamos a compreende-la.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabala 16/04/10, Prefácio à Sabedoria da Cabalá

Democracia Espiritual

Laitman_507_04A verdadeira democracia é a divisão correta da sociedade em “cabeça” e “corpo”. A cabeça (líder) sabe o que é melhor para o corpo (a nação) e toma decisões com base nisso. A igualdade é quando todo mundo dá e recebe da sociedade o que quer que possua. Aqueles que pertencem à cabeça, não devem ter qualquer interesse pessoal (a propriedade de Bina, GE, doação absoluta, Hafetz Hesed), mas devem somente considerar os desejos do corpo. A cabeça é apenas o conjunto das intenções de como beneficiar o corpo, como satisfazê-lo. (Note como isso é oposto aos nossos líderes!)

A cabeça tem de se relacionar com o corpo como os pais se relacionam com seus filhos. Os pais esclarecem as necessidades da criança, como satisfazê-las para o máximo benefício da criança. O governo também precisa considerar os desejos da nação, aspirar corrigir e satisfazê-los.

Da mesma forma que nós nos preocupamos em dar brinquedos que beneficiem o desenvolvimento de nossos filhos, os líderes precisam dar “brinquedos” úteis à nação. Estes brinquedos devem servir à conclusão do programa de desenvolvimento da nação.

Assim, conclui-se que apenas as pessoas espirituais podem ser líderes de uma nação. É por isso que se diz que aqueles que aspiram ao Criador (Isra-El) e possuem o atributo de doação podem ser Líderes da sociedade e governar as massas (corpo) corretamente. Assim, “Isra-El” também significa “Li Rosh” – Eu sou a Cabeça.

Da 3a parte da Lição Diária de Cabalá 19/04/10, Artigo “A Liberdade”

O Zohar Espalha Luz Sobre a Conexão Entre as Almas

Laitman_729_02O Zohar conta-nos sobre a conexão entre as almas. Da perspectiva do Criador, todas as almas formam um único sistema no Mundo do Infinito, onde a Luz infinita preenche cada um. Isto pode ser comparado a um organismo perfeito e saudável, em que todas as suas partes existem em harmonia e interacção adequada. Por outro lado, O Zohar descreve este sistema em relação às suas partes chamadas almas ou pessoas.

Existem alguns que sentem as almas e a conexão entre elas. Existem também outros que não a sentem e  percebem este sistema em sua forma externa. Eles a percebem como consistindo de nossos corpos materiais e animalescos deste mundo, que estão de alguma forma conectados uns com os outros.

Toda a Torá descreve apenas os tipos de conexão entre nós. A pergunta é apenas como a pessoa a percebe. Ou nós sentimos a conexão em sua forma externa, à medida que este mundo em constante transformação avança para certo objectivo; ou permeamos interiormente e , usando este mundo como a base, começamos a sentir a conexão entre nós nas almas. Então, nós sentimos estas duas formas simultaneamente.

Os conceitos de “mundo”, “ano”, “alma” e “aquisição da realidade” são formas de conexão entre nós tanto no nível material como espiritual. Todos os conceitos que existem no nosso mundo também podem ser descobertos na espiritualidade. Contudo, na última eles apontam para a forma, ou o tipo de conexão entre nós. É extamente isto que precisamos de alcançar.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 16/04/10, O Zohar