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A Herança da Terra de Israel

Laitman_706“O povo de Israel não retornará à sua terra até que esteja completamente unido”. O povo de Israel é um grupo que Abraão organizou uma vez selecionando-o dentre os Babilônios. Ele quis corrigir o mundo inteiro, mas conseguiu juntar apenas uns poucos milhares nesse grupo.

Porém, a Torah não fala sobre eventos históricos, e sim sobre estados internos através dos quais a pessoa passa. A propriedade de Abraão dentro de nós toma uma parte de nossos desejos e os orienta a uma correção parcial, e então a uma fragmentação (a queda do Templo, ou o descenso do espiritual ao nível do exílio).

Os exílios são obrigatórios para os desejos que estiveram na espiritualidade (Israel), para se mesclarem com o resto dos desejos que não passaram pelo ascenso espiritual e pela fragmentação (chamados “nações do mundo”. Após serem misturados e se incluírem uns nos outros, todos eles estão preparados para as correções. Em outras palavras, cada um agora tem uma parte que esteve na espiritualidade, e uma parte que não esteve.

Aqueles que passaram pelo ascenso e pela fragmentação devem ser os primeiros a passar pela correção porque eles possuem Reshimot (dados sobre estados prévios). Após isso, outros despertarão. Todos precisam entender que “Israel” interior, significa que os desejos que aspiram ao Criador não alcançarão sua terra (Eretz), ou os desejos corrigidos (Ratzon) “direto ao Criador” (Isra-El), nos quais o Criador se revela, até que eles todos se unam “como um homem com um coração”.

Essa é a condição da qual os Cabalistas nos falam. Precisamos executá-la numa pequena parte da alma dentro de cada um de nós, bem como em uma grande parte da alma entre os grupos de Cabalá no mundo, e ainda em uma maior parte da alma, que inclui toda a humanidade. Assim, essa necessária condição começa a se realizar a partir de um nível bem material.

Dia da Independência do Egoísmo

Laitman_100_01Recebi uma pergunta: Se uma pessoa conclui que não precisa da Cabalá uma vez que ela tem um bom emprego, uma família, e tudo está muito bem em sua vida, então, como essa pessoa irá alcançar a espiritualidade?

Minha resposta: Isso significa que sua hora ainda não chegou. Nós disseminamos o conhecimento da Cabalá para todos, e qualquer um que necessita dela vai usá-la. Porém, para aspirar à espiritualidade, o sofrimento corporal é completamente desnecessário. A pessoa revela a espiritualidade somente sob a condição de que ela é a única coisa que lhe falta.

As palavras “exílio” e “liberdade” diferem somente na letra “Aleph” que significa “Governante do mundo”; a pessoa somente sente a falta do Criador e não leva nada mais em conta. A pessoa poderia ter infinitas possibilidades nesse mundo, mas isso não tem nada a ver com o desejo de revelar o Criador. Por exemplo: eu nunca tive qualquer problema material, ainda assim a necessidade de revelar a espiritualidade me roeu até que eu não tivesse mais nada nessa vida.

Está escrito que os Judeus no Egito construíram as grandes cidades de Pithom e Raamses. Eles tinham todo o necessário no nível material, mas eles não possuíam nada para reviver suas almas. Assim, eles gritaram para sair daquela situação uma vez que não conseguiam alcançar a espiritualidade.

Então, o instrumento para a revelação espiritual é somente a necessidade de revelar o Criador de tal forma que a pessoa será governada pela qualidade da doação. Se tudo o que lhe falta é doar a todos, então essa pessoa está pronta para a redenção espiritual. Redenção é quando a pessoa é capaz de não pensar em si mesma, e dar a todos os demais.

Estamos nos aproximando do feriado do Dia da Independência em Israel e precisamos saber disso. Afinal, só podemos ser independentes do nosso egoísmo. Uma “nação livre nessa terra” é a libertação do nosso desejo egoísta, que será governado pela qualidade da doação. Somente então seremos livres.

“6000 Anos” ou Como Apressar o Tempo

Laitman_009Recebi uma pergunta: Se não existe tempo na espiritualidade, então por que está escrito que a correção ocorre em um período de seis mil anos?

Minha resposta: Baal HaSulam explica o significado de “6000 anos” nos artigos “Um Discurso para a Finalização do Zohar”, “Introdução ao Livro do Zohar”, bem como em outros artigos. “6000 anos” são o VAK de Zeir Anpin, que precisam ser realizados em relação à Malchut.

Quando Malchut, a sétima Sefira, revela todas essa seis qualidades, chamadas “6000 anos”, dentro de si, isso é chamado o “sétimo dia”, “Sabbath”, ou o “sétimo milênio”. Somente então Malchut se torna completa para doar.

Assim, essas qualidades são chamadas “6000 anos”. Ano (Shana) vem da palavra “mudar” (Shone). Nós precisamos experimentar esses graus um após o outro. Por um lado, não estamos falando sobre os anos no nosso mundo. Por outro lado, se não acelerarmos o tempo, então de acordo com a conexão de raiz e ramo, a percepção do tempo em nosso mundo irá obedecer a suas raízes e o processo de correção irá realmente terminar em seis mil anos.

Mas, nós podemos mudar a extensão e a essência dos seis mil anos; podemos abreviá-los e comprimi-los. No entanto, eles serão chamados “6000 anos” porque nós não cortamos graus, mesmo assim de acordo com o tempo corporal, será menos.

Invenções Culturais da Humanidade

Laitman_405Recebi uma pergunta: Meus amigos me mandaram um vídeo clipe, “O Muro Ocidental”, que foi apresentado em um site cristão. Havia sequências, inclusive cenas do senhor, filmadas na tumba de Baal HaSulam. O senhor pode comentar esse fato?

Minha resposta: Nossos arquivos contêm filmes que foram feitos durante nossa viagem aos grandes sítios Cabalísticos em 1999, incluindo Safed e a cova de Idra Raba. Os títulos desses filmes são: As Noites de Cabalá e Nós, Bnei Baruch. Eu não tenho ideia onde os criadores do clipe em questão conseguiram as imagens.

Nós bem sabemos, muitas pessoas estudam nossos conceitos e nossos materiais. Nós já mencionamos nesse blog que as pessoas escrevem dissertações sobre nós em universidades por todo o mundo (por exemplo: na Universidade do Cairo). Também, nos Estados Unidos, eu dei palestras em várias universidades, e existe um bom número de pessoas que estudam nossas atividades. Temos uma grande organização educacional no meio-oeste, em St. Louis, que acomoda muitos estudantes protestantes e católicos. Estamos abertos a todos.

Certamente, pode-se continuar a observar sua própria religião e aderir às suas tradições, mas, para corrigir nosso egoísmo e avançar espiritualmente, temos que estudar a Cabalá. Imagine que duas coisas estão excluídas de cada religião: 1) ensinamentos sobre o “pós-morte” e 2) regras de controle do nosso destino (o que, por sinal, não tem nada a ver com qualquer religião). Sem esses dois principais elementos, qualquer religião simplesmente se transforma num grupo de rotinas tradicionais e se torna um tipo de “clube de fim de semana juntos”. Não é nada mais que isso.

“Vida após a morte” é revelada a uma pessoa através da nossa realidade atual ao se atrair a Luz enquanto se estuda Cabalá. É possível controlar nosso destino somente atraindo Ohr Makif (Luz Circundante) e ao se usar O Livro do Zohar, cada um de nós, para nosso próprio benefício.

Os Cabalistas são contra qualquer religião, mas têm a intenção de tratá-las particularmente como uma invenção cultural da humanidade e não mais que isto. Se nos prendermos a essa abordagem, exploração espiritual e ditadura religiosa irão deixar de existir e a humanidade alcançará esclarecimento.