Vendo o Mal Como Bem

clip_image001[6]O Zohar, Capitulo “Ki Tissa,” Item 16: “Todos os que estão em cólera contra você serão envergonhados e desonrados”. O Criador está destinado a fazer para Israel todo esse bem, que Ele disse através dos profetas da verdade, e pelo qual Israel sofreu grandemente no exílio. Não tivesse sido por todo esse bem que eles esperam e vêem, que está escrito na Torá, eles não seriam capazes de tolerar e suportar o exílio.

Isto significa que a pessoa ganha um desejo maior pela correcção, chamado “Isra-el” (directamente ao Criador), ao antecipar a bondade e a abundância que virão mais tarde. Além do mais, o seu desejo cresce ainda mais forte quando ela ganha uma conexao inicial com essa bondade.

No nosso mundo, a pessoa tem vontade de saber que irá receber uma recompensa futura por seu sofrimento. Mas, na espiritualidade, esse não é o caso. Lá, a pessoa não recebe alivio psicológico ao pensar que o mal se transformará em bondade. Aquele que estuda a Cabalá relaciona-se a isto diferentemente. Quando a pessoa está no caminho da verdade, ela sabe que o mal está lá para ajudá-la a alcançar a bondade. Ela vê que o mal está, na verdade, dentro dela. e ela tem de corrigí-lo, em vez de simplesmente enfrentá-lo. Então, em vez do sentimento do mal, ela sente bondade.

Uma pessoa não espera um golpe de sorte para seguir um ruim, mas sabe que o “golpe de má sorte” que experimenta é a revelação do mal dentro dela, que ela tem de revelar e, então, corrigir. Desta maneira, ela alcança a bondade interiormemente. Não é que o sofrimento ocorra num lugar e a recompensa apareça noutro, ou que ela faça um esforço ali e receba o pagamento acolá. Em vez disso, ao levar a cabo a correcção, ela transforma a “inclinação ao mal” na “inclinação ao bem” – e essa é a recompensa.

É por isso que a pessoa se rejubila quando os “ímpios são revelados” – porque isto lhe dá algo sobre o que trabalhar e corrigir. É graças a este trabalho que ela alcança a espiritualidade, o Criador, a propriedade de doação. Todavia, tudo acontece no mesmo lugar: no desejo de desfrutar.